Mistério cerca morte de general que sabia ‘segredos’ de Putin

O general russo Gennady Lopyrev, de 69 anos, que havia sido preso por possuir conhecimento sobre segredos do presidente Vladimir Putin, foi encontrado morto nas instalações prisionais. Este é o segundo caso de óbito de um membro do alto escalão militar russo em apenas 24 horas, causando perplexidade e mistério dentro do país.

Pouco antes, o corpo do coronel Gennady Zhidko, de 58 anos, também foi encontrado sem vida. Sua morte aconteceu horas após ter sido destituído de suas funções no comando militar. A coincidência temporal entre esses dois óbitos provoca questionamentos e um grande enigma em solo russo.

Gennady Lopyrev apresentou dificuldades respiratórias no dia 14 de agosto, conforme relatado por fontes. Equipes médicas que o atenderam apontaram que o general estava acometido por leucemia, uma doença não diagnosticada previamente. No entanto, surgem suspeitas de envenenamento, uma vez que suas condições deterioraram rapidamente após conversar com seu filho, Alexander, que mencionou que seu pai aparentava estar em boa saúde momentos antes.

O chefe da unidade médica que avaliou Lopyrev revelou que seu exame cardíaco apresentou resultados normais e seus pulmões não tinham anormalidades. A rápida sucessão de eventos, desde a preparação para sua liberdade condicional até a notícia de seu falecimento, causa perplexidade e suspeita em relação às circunstâncias incomuns que envolvem a morte do general.

Ligações com polêmica mansão

O general Gennady Lopyrev desempenhou um papel crucial como integrante do Serviço de Proteção Federal e supervisionou pessoalmente a construção do controverso Palácio Gelendzhik, localizado às margens do Mar Negro. Esta mansão privada, financiada supostamente com fundos públicos e atribuída ao presidente Putin, gera negações vigorosas por parte de Moscou.

Em 2021, o opositor político de Putin, Alexei Navalny, alegou que Lopyrev detinha conhecimento sobre os detalhes da construção e financiamento do Palácio Gelendzhik, cujo custo é estimado em cerca de 1,37 bilhão de dólares. Essas revelações anteriores lançam luz sobre possíveis motivações obscuras por trás da morte do general.

Histórico e Acusações Controversas

Condenado a dez anos de prisão em 2017, Gennady Lopyrev enfrentou acusações de corrupção e posse ilegal de munição, segundo fontes oficiais. Sempre negando as alegações, críticos do governo argumentavam que as acusações eram fabricadas. Sua morte suscita ainda mais questionamentos em torno de sua conturbada trajetória e seu possível envolvimento em assuntos sensíveis.

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Papa Francisco revela tentativas de atentado no Iraque

Papa Francisco Revela Tentativas de Atentado no Iraque

O Papa Francisco compartilhou detalhes sobre duas tentativas de atentado que sofreu durante sua histórica visita ao Iraque em março de 2021. Essa foi a primeira vez que um pontífice visitou o país. As revelações foram feitas em sua nova autobiografia, intitulada “Hope” (Esperança), e divulgadas pelo jornal italiano Corriere della Sera.

Planos de ataque descobertos

Ao chegar em Bagdá, o Papa foi alertado pelas autoridades locais sobre dois planos de ataque em andamento. Um dos planos envolvia uma mulher kamikaze equipada com explosivos, enquanto o outro consistia em uma van destinada a realizar um ataque semelhante. O Papa Francisco revelou que a tentativa de atentado foi descoberta pela inteligência britânica, que alertou o Vaticano.

Durante a conversa com um comandante de segurança, Francisco questionou sobre a situação dos suspeitos envolvidos nos planos de ataque. O oficial respondeu laconicamente: “Eles não existem mais”, indicando que as ameaças haviam sido neutralizadas pela polícia iraquiana antes que pudessem ser concretizadas.

Um dos momentos mais significativos da visita do Papa foi sua passagem por Mosul, uma cidade que enfrentou devastação extrema durante o domínio do Estado Islâmico entre 2014 e 2017. A segurança durante a visita foi rigorosa, com a mobilização de cerca de 10 mil agentes iraquianos para garantir a proteção do pontífice.

Decisão de viajar ao Iraque

Francisco, que completou 88 anos recentemente, escreveu que “quase todos me desaconselharam” a viajar ao Iraque, “mas senti que tinha que fazer isso”. A visita ocorreu em meio à pandemia da Covid-19 e foi marcada por um intenso aparato de segurança. O Papa argentino cruzou o país, visitando Bagdá e Mosul, antigo bastião do grupo “Estado Islâmico” (EI).

Na ocasião, Francisco visitou as ruínas de igrejas de diferentes denominações cristãs destruídas durante o reinado de terror do EI e fez um apelo pela paz. Ele exortou a comunidade cristã do país, que vem sofrendo há décadas um declínio acelerado, a perdoar as injustiças cometidas contra eles pelos extremistas.

A autobiografia “Esperança” foi escrita em colaboração com o editor italiano Carlo Musso ao longo de seis anos e será lançada simultaneamente em 14 de janeiro de 2025 em 80 países.

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