Duto de gás do imóvel onde modelo e filha morreram dava para a sala
O duto de exaustão do aquecedor a gás do apartamento onde morreram a modelo Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e a filha dela, Miana Sophya Santos, de 15, terminava dentro da sala — quando deveria sair pela fachada. A unidade também não tinha feito a autovistoria dessas instalações.
A Polícia Civil informou que o laudo de necropsia indicou intoxicação por monóxido de carbono (CO) como causa das mortes. Lidiane e Miana foram encontradas sem vida no último dia 10.
De acordo com informações apuradas pela TV Globo e o “DE”, o imóvel, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio, passou por reformas que modificaram o projeto original e comprometeram a ventilação e a exaustão dos gases.
O documento aponta que parte da varanda foi anexada à sala sem o prolongamento do duto de exaustão, o que fez com que a saída de gases do aquecedor ficasse voltada para o interior do imóvel. Essas alterações favoreceram o acúmulo de CO em diferentes cômodos, incluindo quarto, banheiro e sala.
Em nota, a Naturgy lamentou o ocorrido e destacou que a manutenção de aparelhos como fogões e aquecedores e das instalações internas das residências é responsabilidade do consumidor. As ramificações internas são de responsabilidade do proprietário, que deve mantê-las em perfeito estado de conservação.
A empresa distribuidora de gás canalizado é responsável por levar o gás, por meio de redes, até o limite da propriedade dos consumidores. A inspeção periódica de gás, válida por 5 anos, é obrigatória e deve ser realizada por empresas habilitadas pelo Inmetro. No Rio de Janeiro, o prazo para adequação vai até 2026, escalonado por bairros.
Portanto, é essencial que os proprietários de imóveis façam a inspeção periódica de gás e garantam que suas instalações estejam em conformidade com as normas de segurança. A prevenção de acidentes como o ocorrido com a modelo e sua filha é fundamental para preservar vidas e evitar tragédias.




