Modelo mineira relata injúria racial por ataque a seu cabelo

A modelo em foto. | Ludmila Cassemiro foi alvo da injúria racial por desconhecido na rua, que se dizia incomodado com a aparência dela

A modelo Ludmila Cassemiro de 21 anos, realizou uma denúncia de injúria racial na cidade de Belo Horizonte, no último sábado (9). O episódio ocorreu no bairro Cachoeirinha, na Região Nordeste da cidade. Logo após os ataques, Ludmila utilizou suas redes sociais para compartilhar um vídeo em que registrava o episódio enquanto ele acontecia. No trecho é poder ver o homem dizendo que o cabelo da modelo “assusta” e que ele sempre quis falar isso. Além disso, ele ainda tenta justificar o comentário dizendo é fotógrafo, então pode dizer.

A modelo, no entanto, responde que o homem está sendo racista e que não quer ouvir sua opinião, enquanto continua a registrar o ataque com a câmera do celular.

Em entrevista ao G1, a modelo contou que não conhecia o homem, que decidiu iniciar os ataques de forma repentina, enquanto ela andava na rua.

“Antes que eu pudesse dar ‘boa tarde’, ele veio até mim me atacando, dizendo que sempre quis falar que meu cabelo incomodava, que assustava as pessoas. Disse que meu cabelo era desproporcional e demonstrava autoridade, que, como fotógrafo, poderia falar do meu cabelo. Eu me senti sem chão. O choque foi tão grande que nem consegui argumentar”, relatou em depoimento.

Segundo a jovem, a primeira medida foi compartilhar o material nas redes sociais, mas a intenção é de denunciar o caso ao Ministério Público. Para Ludmila, a decisão é importante para quebrar o silêncio na luta contra outros episódios de injúria racial.

“Muitas pessoas me procuraram para agradecer, falando que se sentiram representadas, que eu tive coragem de falar. É só o começo, porque eu pretendo continuar me manifestando. As pessoas fazem mal por sermos quem somos, nossa vida é colocada em ameaça o tempo inteiro”, contou ao G1.

Injúria racial

De acordo com o Código Penal Brasileiro, injúria racial é crime e pode garantir pena de prisão de uma a três anos e multa. O crime consiste em ofender honra de alguém com base em elementos de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Além disso, a Lei 7.716/1989 tipifica o crime de racismo, quando um agressor atinge um grupo, a partir da discriminação de uma etnia de forma geral.

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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