A modelo e jornalista Lygia Fazio, de 40 anos, faleceu devido a complicações decorrentes de um implante de silicone industrial e polimetacrilato (PMMA) realizado na região glútea. Essas substâncias se disseminaram pelo organismo dela, causando múltiplas infecções e um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Lygia ficou mais de 3 meses internada no ano passado para a retirada das substâncias do corpo. No entanto, há cerca de três semanas, ela voltou a ser internada após sofrer um AVC, porém não resistiu.
“Pessoal, infelizmente nossa guerreira fez a passagem. Em breve comunico aqui os horários da despedida dela. Agradecemos mais uma vez todo o apoio. Peço que entendam o nosso momento, não conseguimos responder a cada mensagem. Além disso, informações do que houve já foram explicadas aqui. Não é minimamente relevante explicar todos os detalhes agora. Respeitem nossa dor”, dizia a postagem feita pela família nos Stories, do Instagram.
Após o anúncio do falecimento de Lygia, os amigos da influenciadora se revoltaram com a fatídica notícia e culparam os médicos que seguem implantando silicone industrial e PMMA nos pacientes. O comunicado do falecimento foi compartilhado pela família por meio de uma publicação no Instagram, nesta quinta-feira, 1º de junho.
O corpo da ex-assistente de palco será velado e posteriormente cremado no cemitério e crematório Valle dos Reis, localizado em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo. Através de um stories do Instagram, uma conhecida de Lygia publicou: “Gente, até quando esses médicos assassinos vão colocar PMMA nas pessoas?? Isso é crime!! Tem que ser proibido. Descanse em paz, @lygiafazio”. Após o compartilhamento, a família da falecida, repostou.
Em 2022, Lygia foi candidata a deputada estadual em São Paulo pelo Partido Progressista (PP) nas eleições e, atualmente, estava na lista de suplentes. A jornalista deixa dois filhos, Davi e Thor.
‘Silicone industrial misturado com PMMA’
De acordo com a jornalista Meiri Borges, amiga de Lygia Fazio, a “bomba-relógio da vida dela” foi o uso de silicone industrial misturado com PMMA através de procedimentos clandestinos. Através da conta do Instagram, Meiri fez uma série de postagens contando detalhadamente sobre a luta da influenciadora para tentar retirar o produto do corpo ao longo dos últimos três anos.
“Tudo começou porque ela colocou uma substância no corpo dela pra deixar o bumbum maior. Ela sempre queria a perfeição, sempre foi muito linda, aquela mulher que arrancava suspiro por onde passava. Uma mulher belíssima, e aqui não cabe nenhum julgamento. Ninguém tem o direito de julgar a vida de ninguém”, disse Meiri.
Ainda através dos stories, a amiga de Lygia relatou que ela sempre buscou um belo corpo pois sempre quis “estar mais bonita”, e que isso ocasionou ela procurar meios não profissionais. “Por um tempo acho que os profissionais médicos realmente aplicavam substâncias que eram legalizadas e tal mas, depois de um tempo, ela queria mais e os médicos não queriam fazer. E ela foi para procedimentos clandestinos. E foi a bomba-relógio da vida dela.”
Após a aplicação do produto, mistura de silicone industrial com PMMA, ele começou a espalhar pelo corpo da ex-assistente de palco, ocasionando em múltiplas infecções e bactérias. Por três anos, ela foi atrás de cura, tentou tirar a todo custo retirar substância do organismo, porém não saiu por completo.
Ela relata ainda que visitou Lygia no hospital pela última vez no domingo, 28. Na terça, 30, a modelo apresentou piora, sendo entubada e falecendo no dia seguinte.