Última atualização 07/07/2023 | 16:53
Mãe de Henry Borel acusada pela morte do filho, Monique Medeiros, relatou em áudio encaminhado para uma amiga que Leniel, pai da vítima, deveria “morrer”. A gravação é do dia 3 de outubro de 2022, e foi exposta no jornal “RJTV2”, da Tv Globo, nesta quinta-feira, 6.
“Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha… Meu Deus… Se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço. Juro. Gosto nem de pensar. Ele é pior que o MP (Ministério Público) porque ele só quer vingança. Esse homem. É ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer”, comentou Monique com uma amiga.
Leniel pronunciou sobre o áudio e disse que a réu vem criando um “personagem”. “Era muito difícil ver isso todo dia, receber esse tipo de informação dela que de alguma forma estava tentando criar um personagem. Monique vem tentando criar um personagem de mulher agredida, de vítima de violência doméstica e, por último, agora ela vem criando um personagem de que ela sofria comigo a mesma coisa que ele sofria com o Jairo, que ela era uma vítima e não a pessoa que causou tudo aquilo”, revelou.
Relembre o caso
Henry Borel tinha 4 anos de idade quando faleceu, em 8 de março de 2021. No dia do caso, a criança estava no apartamento de Jairinho, na época namorado de Monique, quando foi levado ao hospital. Henry chegou sem vida, de acordo com os médicos. Exames de necropsia apontaram que ele possuía 23 lesões em todo o corpo e morreu consequente a ação contundente e laceração hepática.
Conforme o Ministério Público (MP), o menino foi morto por motivo torpe, porque Jairinho entendia que Henry atrapalhava o relacionamento com Monique. O ex-casal deve ir a júri popular para responder pelo crime, porém não tem uma data definida.
Jairinho está preso desde 2021, teve alguns pedidos de liberdades negados, além de ter sido acusado de coagir testemunhas. Monique foi presa na última quinta-feira, 6, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, analisar um recurso de Leniel.
Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação.