Morador é acusado de injúria racial após xingar e jogar casca de banana em porteiro

Morador é acusado de injúria racial após xingar e jogar casca de banana em porteiro

Em Valparaíso de Goiás, município localizado na região do Entorno do Distrito Federal, um porteiro denunciou um morador do condomínio em que trabalha. O morador jogou uma casca de banana e xingou o porteiro, Fabrício Pêssego, de 31 anos, após ele ter tentado entrar no prédio com um veículo não identificado. 

O porteiro relatou para a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) que há uma regra que obriga os veículos dos moradores do local de terem um adesivo de identificação ou registro no sistema do condomínio. Entretanto, o referido morador se negou a fazer o registro, mas o porteiro abriu a cancela por se tratar de um morador. Ao desembarcar as pessoas e estacionar novamente do lado de fora do condomínio, o morador retornou para xingar o funcionário.

À polícia, o porteiro narrou que o morador saiu novamente e retornou uma terceira vez para jogar a casca de banana dentro da cabine em que trabalhava. O episódio aconteceu no último dia 7 de novembro e foi levado para polícia no dia seguinte, o morador foi indiciado por crime de injúria racial. 

O porteiro trabalha como terceirizado no condomínio e o morador é também subsíndico do bloco em que Fabrício trabalha. A administração do condomínio e a empresa terceirizada encaminharam o porteiro para a delegacia e o morador deve ser multado pelo comportamento. 

Em suas mídias sociais, a administração do condomínio Reserva Parque definiu o episódio como “um acontecimento muito infeliz”. “Maltratar um colaborador, que está trabalhando, é no mínimo de uma insanidade sem precedentes, e para todo o desequilíbrio existe remédio. Dessa vez não vamos centralizar as soluções de forma interna, e vamos dar visibilidade “a quem quer aparecer””, diz a nota. 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp