Moradores do bairro Cidade Operária, em São Luís, se reuniram com o secretário da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) para cobrar respostas sobre os recentes casos de violência na região. Durante o encontro, foi prometido reforço no policiamento. A reunião, realizada na sede da SSP, durou cerca de uma hora e contou com a presença de representantes do Centro Tático Aéreo, Polícia Civil e Polícia Militar. Participaram também familiares de vítimas, como os parentes de Eduardo Lemos Martins, jovem assassinado na última terça-feira (22), e de outras pessoas feridas em ataques recentes.
As forças de segurança prometeram aumentar o efetivo policial em pontos e horários estratégicos do bairro. Segundo a Secretaria, desde o início da operação, 17 pessoas ligadas ao tráfico de drogas e a organizações criminosas foram presas. Apenas nesta sexta-feira (24), seis suspeitos foram apresentados na delegacia. A polícia ainda investiga se os presos têm relação com os ataques registrados nesta semana. Desde segunda-feira (20), sete casos de violência foram confirmados na região.
No início da tarde, moradores interditaram ruas de acesso à Avenida Principal do Jardim América em protesto. Manifestantes também se reuniram em frente ao Colégio Pedro Álvares Cabral, cobrando a prisão dos envolvidos nas mortes recentes, entre elas a de Eduardo Lemos. “Ultimamente, praticamente a opção é ficar em casa, porque a gente não tem segurança. Vivemos aprisionados pelo medo todos os dias”, relatou uma moradora. Devido à insegurança, mais de 20 escolas permanecem sem aulas presenciais na Cidade Operária e bairros vizinhos.
Em entrevista à GloboNews, o secretário Maurício Martins, da Secretaria de Segurança Pública, destacou as ações da polícia e criticou a legislação penal. “Prendemos mais de dois mil criminosos desde o começo do ano, mas essas pessoas precisam continuar presas. A nossa legislação é muito branda. Muitas vezes, o criminoso sai em menos de 24 horas com tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar. Isso é absurdo. Quem comete o crime tem que pagar o crime na cadeia”, afirmou o secretário.
 
				



