Os moradores da cidade de Juazeiro, na Bahia, terra natal de Daniel Alves, estão cobrando que a estátua em homenagem ao jogador seja retirada pela prefeitura, após a condenação de estupro de uma jovem espanhola em dezembro de 2022.
A obra, inaugurada em 2020, já foi alvo de vandalismo em pelo menos duas ocasiões desde a prisão do ex- lateral, em janeiro de 2023. Em resposta, a prefeitura de Juazeiro afirmou que não considera remover a estátua neste momento, priorizando outras demandas urgentes.
Condenação de Daniel Alves
A Justiça espanhola condenou Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual. A sentença, proferida pela juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona, pode ser alvo de recurso por ambas as partes.
Além da pena de prisão, a juíza determinou um período de cinco anos em liberdade vigiada para Daniel, a ser cumprido após o término da pena. Ele deverá manter-se afastado da residência ou local de trabalho da vítima por pelo menos um quilômetro, e está proibido de contatá-la. Além disso, deve pagar uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 805 mil) por danos morais e físicos, além das despesas processuais.
A Justiça espanhola, em comunicado, destacou que “a mulher não consentiu e que existem elementos de prova, além do testemunho da denunciante, para entender comprovada a violação”. Segundo a decisão, Daniel agarrou a vítima, a jogou no chão e, apesar de seu desejo contrário, a penetrou. Isso caracteriza a ausência de consentimento, violência e acesso carnal.
O atleta não esteve presente na leitura da sentença. Na audiência estavam presentes a promotora Elisabet Jiménez, a advogada da vítima Ester García, a advogada de Daniel, Inés Guardiola, além de representantes da defesa e da promotoria. A defesa informou que recorrerá da decisão.