Moradores de rua colocam fogo em bueiro de Anápolis e um deles fica em estado grave

Moradores em situação de rua em Anápolis se envolveram em uma ocorrência perigosa na madrugada desta sexta-feira, 12.

Policiais militares da Força Tática e do 28º Batalhão da Polícia Militar perceberam que saia fumaça de dentro de bueiros localizados ao longo da Avenida Goiás, nas proximidades do viaduto da Avenida Brasil.

Ao se aproximarem do local perceberam que vários moradores de rua estavam saindo de dentro dos buracos ao longo da via e pedindo socorro.

Um policial relatou que uma dos bueiros estava fechado com grade e, ao conseguir retirar os ferros resgatou um homem já desmaiado por conta da intoxicação com a fumaça.

O Samu foi acionado e levou o homem, identificado apenas como Wesley, para o Hospital de Urgências de Anápolis. A informação na manhã desta sexta-feira é que ele precisou ser entubado e seu quadro de saúde é considerado grave.

Uma mulher em situação de rua que conseguiu sair do buraco estava desesperada pedindo ajuda porque relatou que o seu irmão estava desaparecido. Ainda segundo a mulher ele também estava no bueiro.

O Corpo de Bombeiros também foi acionado para ajudar na ocorrência e, segundo os militares da corporação, que precisaram entrar no bueiro em busca de mais moradores em situação de rua, o local é de difícil acesso.

O tenente Leandro Ribeiro contou que dentro do buraco tinha muito pneu já queimado o que dificultava o acesso dos Bombeiros. Os trabalhos de buscas continuaram ao longo da madrugada em busca de novas vítimas.

Quem passou pela Avenida Goiás ao longo da madrugada e até a manhã de hoje ainda viam fumaça saindo de dentro dos buracos.

De acordo com o tenente Lacerda do 28º Batalhão da Polícia Militar, o local é ponto de encontro de moradores em situação de rua que entram nos buracos para fazer uso de drogas e até mesmo para se abrigarem ao longo das madrugadas.

Policiais Militares que perceberam fumaça saindo de bueiros e começaram socorrer vítimas (Foto: Reprodução)

 

Resgate durou toda madrugada e segue pela manhã desta sexta-feira (12) (Foto: Reprodução)

Vídeo:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp