Moradores vizinhos do adolescente de 14 anos espancado durante uma partida de futebol, na Vila Nova Divinéia, no Núcleo Bandeirante, Distrito Federal, programam manifestação na rua onde o agressor e a vítima moram. O ato, previsto para às 19h30, é motivado pela falta de providências em relação ao caso.
Até o fechamento desta matéria, não havia resposta sobre o paradeiro de Victor de Sales Batista, o acusado. Em entrevista ao Metrópoles, o servidor público Eduardo Ribeiro Machado, de 32 anos, disse que a população está preocupada com um possível retorno de Victor, que mora ao lado da vítima.
“No mínimo, deveria ter algum tipo de restrição ao Victor. Ele mora do lado desse menino. Se ele voltar para a casa dele, vai ser um grande absurdo. Ele mora colado com o menor que ele agrediu. Queremos respostas nesse sentido. É um absurdo ele ainda estar solto”, disse Eduardo, ao Metrópoles.
Além disso, o servidor público alega que a população está insegura com Victor, ainda à solta. Mesmo assim, o protesto deve ocorrer de forma pacífica. A insatisfação dos moradores será demonstrada com palavras de ordem.
“Enquanto não tivermos uma resposta do poder público e da Justiça, vamos movimentar a nossa comunidade em busca disso. Ainda estamos inseguros com esse rapaz solto. A manifestação é pacífica. Vamos dizer palavras de ordem para mostrar que não estamos satisfeitos com o trabalho que está sendo feito pela polícia. Não podemos deixar que esse caso caia no esquecimento e daqui a pouco, outra criança venha a ser agredida”, explicou o servidor.
Está será a segunda vez que os moradores se reunirão na porta da casa de Víctor. A primeira ocorreu na tarde de sábado (23), minutos depois da sessão de espancamento.
Adolescente espancado
O adolescente vítima das agressões contou que Victor não gostava de ouvi-lo assobiar e que foi ameaçado, pelo agressor, ao menos três vezes. Ainda segundo o menino, no dia do ocorrido, ele chegou em casa com assobios e gritou à mãe. Neste momento, Victor reclamou que disse que ia bater nele.
Diante da ameaça, o menino perguntou: “ Por que você vai me bater? Você nem é meu pai e nem minha mãe. E Victor respondeu : “Ah é? Então você vai ver!”. Quinze minutos depois, quando estava na quadra jogando futebol com os amigos, o menino viu Vitor se aproximando. Em seguida, foi atingido por um soco, caiu no chão e depois foi agredido com diversos chutes.
A agressão foi assistida por diversas pessoas que estavam na quadra ou passavam pela região. Inclusive, foram eles que filmaram o ocorrido e acionaram a Polícia Militar (PM).
Três dias após a sessão de espancamento, o adolescente diz ainda sentir dores nas costas e no nariz. Na sua cabeça e costas, ficaram as marcas do tênis usado pelo agressor.
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