Moradores ficam sem água e luz por causa de erosão gigante

Foto: Walter Peixoto

Uma erosão enorme toma conta de boa parte da Avenida Inês Pereira no Jardim São José, aqui na capital. A construtora responsável pelo loteamento havia começado as obras para colocar galerias pluviais, mas como a obra não foi finalizada, o buraco foi ficando cada vez maior. Na sexta-feira, 2, a convite do Diário do Estado, o titular da Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema), delegado Luziano Carvalho, esteve no local com peritos da Polícia Técnico-Científica.

Luziano explicou que existem falhas técnicas no trecho e que o solo está sendo carregado para o manancial, porém, ainda não é possível dizer se isso ocorreu por causa dessas falhas ou pelo alto volume de chuva na região. “Na margem da manancial estão construindo casas,  o que não poderia ocorrer, por se tratar de uma Área de Preservação Permanente (APP). Tem alguém cometendo crime. Estão edificando casas onde não poderia ocorrer isso. Comete crime quem constrói e quem permite”, explica.

Quanto a erosão gigante que toma conta da Avneida Inês Periera, o delegado disse que vai tratar do assunto como ‘grave dano ambiental, mas também como crime ambiental. “Deixaram de adotar as providências necessárias aqui. Deixaram alterar o aspecto de um ambiente protegido por lei. São dois crimes graves”, explica. Para apurar as responsabilidades, a Dema instaurou na sexta-feira um inquérito e vai pesquisar junto à Prefeitura de Goiânia quem são os responsáveis pelos loteamentos naquela região. “Vamos tentar solucionar o caso o mais rápido possível”.

Em entrevista a TV Anhanguera, a diretora da Secretaria de Planejamento, Virginia Inácio Matias disse que o loteamento foi aprovado em 2.014 e que o empreendedor deveria ter feito toda a infra-estrutura, inclusive a galeria de água pluvial e que junto a administração pública, conforme disse, o loteamento ainda não foi entregue.

Ao ser alertada da gravidade da situação no bairro, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) mandou técnicos ao local e fez apenas um bloqueio com manilhas de cimento na via. Segundo moradores, carros já caíram na erosão e ainda há pessoas que passam por lá mesmo com o bloqueio que foi feito.

Além desse problema, os habitantes do loteamento sofrem com a falta de saneamento básico e energia elétrica. A dona de casa, Ailda Costa reside no loteamento há um ano e contou ao Diário do Estado que a situação nunca mudou. Ela disse ainda que a água que utiliza é puxada de uma cisterna que o marido furou no quintal.

Foto: Walter Peixoto

Fátima da Silva é outra moradora do local. A água que ela utiliza é cedida pela vizinha Ailda. Não há luz na rua nem dentro das casas. “No contrato com a construtora estava escrito que depois de um ano teria luz, eu já moro aqui tem dois anos”, diz Fátima. Ela também relata sobre a erosão que causa problemas. “Já tentaram arrumar, mas elem vem e param. Vem a enxurrada de cima e acaba com tudo. Ainda vem a chuva e piora ainda mais”. (Com colaboração de Lucas Mendonça)

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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