Os moradores de um dos edifícios evacuados após um deslizamento de terra no Setor Marista, em Goiânia, recusam-se a retornar e levantam questionamentos sobre o laudo que assegura a segurança da estrutura para a habitação. Enquanto isso, o segundo prédio deve receber um laudo até quinta-feira, 18, cumprindo o prazo de 72 horas estipulado pela empresa responsável pela obra.
O desmoronamento ocorreu na madrugada da última segunda-feira, 15, levando as síndicas dos dois edifícios afetados a registrar um boletim de ocorrência na tarde de quarta-feira, 16, por crime de desabamento ou desmoronamento. A Polícia Civil está investigando o caso.
Em comunicado, a Opus Incorporada afirmou que, embora o parecer atual garanta a ausência de riscos para a reocupação do edifício, a empresa está direcionando os esforços para atender ao pedido dos moradores, visando a garantir segurança. O laudo foi assinado por um engenheiro registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de São Paulo.
Apesar da aceitação do documento pela Defesa Civil, que confirmou a habitabilidade do prédio, os moradores contestam o laudo e solicitam uma nova avaliação. Diante disso, a Opus Incorporadora concordou em contratar um novo laudo com um profissional escolhido pelos residentes do edifício.
O delegado responsável pelo caso, Luziano Carvalho, informou que uma perícia realizada no local do desmoronamento buscará esclarecer as causas do incidente, com os resultados previstos para os próximos 15 dias. A Opus afirmou que cerca de 22 famílias estão hospedadas em um hotel, custeadas pela empresa desde o desmoronamento, enquanto outras estão temporariamente abrigadas em casas de amigos ou parentes.
Nota na íntegra do Opus Incorporadora
A Opus Incorporadora encaminhou nesta terça, 16 de janeiro, o parecer técnico atestando com plena segurança que não existem riscos ao edifício Catas Altas decorrentes do incidente ocorrido na Rua 1128 na madrugada do dia 15. Já o parecer técnico do Edifício Villa Lobos, tem previsão para ser liberado em aproximadamente 72 horas.
O documento foi assinado pelo engenheiro especializado em fundações e contenções, Antônio Aparecido de Oliveira, com a devida emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida pelo Conselho Regional de Engenharia do Estado de Goiás (CREA). Com o parecer e a ART, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros também liberaram o retorno dos moradores para o Edifício Catas Altas.
Seguindo seu princípio de transparência, no final da manhã de hoje, a incorporadora levou seu corpo técnico para uma reunião com os moradores do Catas Altas para apresentar e explicar o parecer técnico. A pedido da Opus, o encontro foi acompanhado pela Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e CREA. Diante do receio de alguns moradores em voltar ao prédio, a empresa e os moradores concordaram em também contratar um laudo emitido por profissional indicado de comum acordo entre incorporadora e condomínio.
A incorporadora ressalta que, embora o atual parecer já ateste a ausência de riscos para que o prédio volte a ser habitado, os esforços da empresa visam atender ao pedido dos moradores para que se sintam igualmente seguros.
O compromisso da Opus Incorporadora tem sua base na excelência de seus processos, na qualidade de suas obras, na satisfação dos clientes e no relacionamento com as pessoas, o que inclui a vizinhança de suas obras. São 17 anos de história, e uma jornada de inúmeros prédios construídos em Goiânia.