Moradores estão preocupados com as possíveis desapropriações de casas para a construção da Linha 20-Rosa do Metrô: ‘Ninguém foi comunicado’.
A Companhia informou que ainda não há um prazo estabelecido para notificar todos os moradores sobre as desapropriações necessárias para a construção da linha que ligará a Zona Oeste de São Paulo ao ABC Paulista e alertou sobre possíveis golpes relacionados a falsas indenizações.
A incerteza paira sobre as desapropriações de imóveis por onde está previsto o trajeto da linha 20-Rosa do Metrô. Moradores de uma vila de casas em Pinheiros, na Zona Oeste da capital, onde está previsto passar um trecho da futura linha, afirmam que ainda não receberam informações do governo de São Paulo sobre o processo de desocupação dos imóveis.
No início deste ano, o governo estadual autorizou a contratação do projeto básico para a Linha 20-Rosa do Metrô, que vai conectar a Zona Oeste da capital ao ABC Paulista. Serão 31 quilômetros de linhas e 24 estações.
Recentemente, a Secretaria de Parcerias em Investimentos publicou uma resolução declarando como de utilidade pública centenas de imóveis na capital paulista. Isso significa que esses imóveis poderão ser utilizados para a realização de obras ou serviços que atendam interesses coletivos, como a construção da Linha 20-Rosa do Metrô.
No total, 680 casas, comércios e galpões das zonas Oeste e Sul da capital serão desapropriados e demolidos no trecho da linha entre a Estação Santa Marina, na Zona Oeste, e Cursino, em Santo André. Esses imóveis estão distribuídos em 43 áreas da região, totalizando 366 metros quadrados, o equivalente a 51 campos de futebol.
O consórcio responsável pela construção da linha tem 20 meses para elaborar e entregar um cronograma detalhado com prazos e informações sobre o projeto. Este consórcio é composto pelas empresas Maubertec, Nova Engevix, Pólux e Intertechne.
Os moradores estão sendo abordados por escritórios de advocacia oferecendo serviços para solicitação de indenização devido às desapropriações das casas. O advogado e morador da vila, Gabriel Meller, destacou que a comunidade foi pega de surpresa e que ninguém foi comunicado previamente sobre o processo.
A situação das possíveis desapropriações em São Bernardo do Campo e Santo André, no Grande ABC, ainda é incerta. A população aguarda por mais informações e transparência por parte das autoridades competentes.