Moraes destaca resistência das instituições ao “populismo digital extremista” em última sessão no TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, durante sua última sessão de julgamentos

Em sua última sessão de julgamentos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira, 29, que as instituições brasileiras reagiram efetivamente ao “novo populismo digital extremista” que busca “solapar as bases da democracia”. Para Moraes, o Brasil e a população “saíram vencedores” ao confiar nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.

“O eleitorado acreditou na Justiça Eleitoral, acreditou que as instituições brasileiras são fortes e que o Poder Judiciário não se acovarda mediante agressões, mediante populistas extremistas, que se escondem atrás do anonimato das redes sociais”, declarou Moraes ao final da sessão.

Segundo Moraes, a reação ao “populismo digital extremista” foi possível graças à atuação conjunta do TSE, “apoiado por 27 Tribunais Regionais Eleitorais, pelos membros do Ministério Público Eleitoral e pela OAB”.

Durante a mesma sessão, a ministra Cármen Lúcia homenageou Moraes por seu período à frente do TSE. Atual vice-presidente, Cármen Lúcia assumirá a presidência da Corte na próxima segunda-feira, 3, sucedendo Moraes. Ele foi citado pela ministra como incansável na defesa do TSE contra ataques diversos.

Alexandre de Moraes é integrante titular do TSE desde 2020 e assumiu a presidência em agosto de 2022. Sob seu comando, o TSE liderou as eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse pleito foi marcado pela disseminação de desinformação contra as eleições e ataques à credibilidade do processo eleitoral, incentivados pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Balanço

Na sua despedida como presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes fez um balanço dos 22 meses em que dirigiu a Corte. Preferindo uma análise qualitativa a uma listagem de números, Moraes destacou os principais desafios e conquistas de sua gestão. Voltou-se ao tema que levou o TSE a um lugar de vanguarda: o combate à desinformação, aos ataques de ódio à Justiça Eleitoral e à própria democracia, principalmente nas redes sociais.

“Esse Tribunal Superior Eleitoral dá o exemplo da necessidade de rompimento dessa cultura de impunidade das redes sociais, seja com as decisões e regulamentações das Eleições 2022, seja agora, recentemente, com a aprovação, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia, das novas resoluções para as Eleições 2024. A liberdade que a Constituição garante a todas e a todos deve ser utilizada numa sociedade democrática com responsabilidade. Todos têm liberdade para fazer o que bem entender, e todos devem ter coragem para lidar com as responsabilidades dos seus atos. Não é possível que, num mundo complexo como o nosso, o único sistema que não tenha regulamentação seja o sistema das redes sociais”, disse o ministro.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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