Durante o Fórum Internacional de Justiça e Inovação na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes criticou a manipulação de dados pelas big techs. Ele afirmou que não se pode acreditar que as empresas querem o bem da humanidade, utilizando a lógica do lucro e criticando o capitalismo. O jurista acrescentou que não é comunista.
“Não se pode partir da presunção de que as big techs só querem o bem da humanidade. Até porque, dentro do sistema capitalista, – e eu não sou comunista, como alguns me acusaram – mas, até porque, no sistema capitalista o que visa é o lucro, e visa o lucro sem qualquer limitação. Se alguém não limitar, não será autolimitado”, explicou.
Segundo Moraes, houve uma instrumentalização das big techs, que consistem em grandes empresas de tecnologia que dominam o mercado. A exemplo, o ministro utilizou as manifestações de 8 de janeiro, em que os protestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Além disso, citou a disseminação de narrativas pelos algoritmos e defendeu a transparência e respeito nas redes sociais.
Na oportunidade, o ministro do STF ainda falou sobre o projeto de lei das fake news que tramitou no Congresso Nacional e a atuação das plataformas digitais ante o fato. De acordo com ele, foi usado um poder de manipulação em benefício próprio.
Opinião pública
Alguns internautas intitulam Alexandre de Moraes como comunista, algo comum desde a “guerra” travada nas eleições de 2022. Pelo Twitter, um usuário da rede social lamentou que o ministro não se identifique com à ideoogia.
“O pior é que o Alexandre de Moraes tem a faca e o queijo na mão para se tornar o maior ditador comunista que esse país já viu, mas ele não é comunista, infelizmente. Espero que o Zanin seja um pouco ‘mais duro’ que ele”, disse.
Outros ironizaram a fala do ministro do STF. “Em novos ataques às big techs, Alexandre de Moraes conspira, SEM PROVAS, que os dados coletados podem ser usados de maneira maléfica. Nega que é comunista, mas contesta o acúmulo de capital das gigantes da tecnologia”, disse, com um emoji de cara de palhaço.