Morango do Amor : Confeitarias de Divinópolis lucram mais que na Páscoa

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Morango do amor lota confeitarias e vira fenômeno de vendas em Divinópolis: ‘Superou a Páscoa’

Doce viral com morango, leite condensado e açúcar cristal esgota em minutos e já representa até 70% da produção de confeitarias. Faturamento em julho superou datas como Páscoa e Natal.

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Sucesso nas redes sociais, o doce feito com morango, leite condensado e açúcar cristal tem gerado filas e transformado a rotina de confeitarias em várias cidades. Em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, teve estabelecimento que reduziu em 70% a produção convencional para atender à demanda.

Viral nas redes sociais, o “Morango do Amor” virou ouro para os comerciantes: elevou o preço da fruta, triplicou a procura no varejo e transformou o doce em carro-chefe das confeitarias. Enquanto isso, a tradicional maçã do amor perdeu espaço e hoje aparece mais como decoração.

Em Divinópolis, várias confeitarias mudaram totalmente a rotina para dar conta da clientela. A confeiteira Priscila Alves, que trabalha com doces há mais de 10 anos, se surpreendeu com o sucesso. Mesmo relutante a princípio, ela cedeu à pressão dos clientes.

Bastou um lote de teste, com cerca de 50 unidades, para tudo mudar. A produção esgotou em poucas horas. No dia seguinte, ela dobrou a quantidade, mas ainda assim não conseguiu atender toda a demanda. Desde então, a rotina da loja virou de cabeça para baixo.

Outra confeiteira que vive o mesmo cenário é Giuliana, que trabalha com doces há 30 anos em Divinópolis. Ela afirma que nunca viu algo parecido. Giuliana produz em média 300 unidades por dia, todas vendidas rapidamente. O doce já fazia parte do cardápio antes da febre, mas o vídeo viral nas redes sociais mudou tudo. Atualmente, ela fatura cerca de R$ 4.200 por dia só com o Morango do Amor, vendido a R$ 14 cada.

O impacto financeiro também chamou atenção da confeiteira Priscila. Julho, normalmente um mês mais tranquilo para o setor, teve faturamento recorde. Hoje, a produção diária gira em torno de 400 unidades, número que aumenta com a ajuda de freelancers. “O tanto que a gente conseguir fazer, vende. É uma demanda que não para”, comemorou.

A procura pelo morango fresco também disparou. O comerciante Weliton Ribeiro, que vende frutas no varejão, viu a demanda triplicar. Segundo ele, a sorte é que o inverno coincide com a safra da fruta, o que evita, por enquanto, o risco de desabastecimento. Mas os preços subiram. Como forma de ilustrar a mudança nas preferências dos clientes, Ana Luiza Santos, outra doceira da cidade, prepara apenas uma maçã do amor por dia — como decoração. Segundo ela, o doce tradicional perdeu completamente o protagonismo.

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