Moro arquiva segunda acusação contra Marisa Letícia na Lava Jato

O juiz Sérgio Moro declarou na quinta-feira (9) a extinção da punibilidade da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva no processo em que ela era ré, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais sete pessoas, no âmbito da Operação Lava Jato.

Dona Marisa faleceu em fevereiro deste ano depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico.

A denúncia, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), relaciona supostas vantagens indevidas recebidas pelo ex-presidente Lula do Grupo Odebrecht a partir de corrupção em contratos da Petrobras.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, a Odebrecht pagou propina por meio da compra do terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e do apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo, no ABC Paulista.

Com a decisão de Moro, na prática, foi decretada a impossibilidade de punir a ex-primeira-dama em virtude da morte. Marisa Letícia respondia pelo crime de lavagem de dinheiro.

Os advogados da dona Marisa haviam pedido a absolvição sumária da ex-primeira-dama nesta ação penal e também no processo referente ao tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. Neste processo sobre o apartamento, o juiz Sérgio Moro já havia declarou a extinção da punibilidade.

*Fonte: G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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