Morre aos 94 anos Peter Higgs, ganhador do Nobel que deu nome à “partícula de Deus”

Morre aos 94 anos Peter Higgs, ganhador do Nobel que deu nome à “partícula de Deus”

Morreu aos 94 anos o físico vencedor do Prêmio Nobel, Peter Higgs, que propôs a existência da chamada “partícula de Deus” e ajudou a explicar como a matéria se formou após o Big Bang. A informação da morte foi divulgada pela Universidade de Edimburgo na tarde desta terça-feira, 9.

Segundo as declarações da instituição em que Higgs era professor emérito, afirmou que ele faleceu na segunda-feira, 8, “pacificamente em casa, após uma curta doença”.

Quem foi Peter Higgs

Em 1964, Higgs formulou a previsão de uma nova partícula, conhecida como bóson de Higgs. No entanto, levou quase meio século para que a existência dessa partícula fosse confirmada no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo. O Prêmio Nobel foi compartilhado com François Englert, físico belga, que também apresentou teorias similares.

A teoria de Higgs está ligada à maneira como as partículas subatômicas, os blocos fundamentais da matéria, adquirem massa. Essa compreensão teórica é uma peça central do Modelo Padrão da física de partículas, que descreve como outras partículas ganham massa.

De acordo com essa teoria, logo após o Big Bang, à medida que o universo se resfriava, uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, emergia juntamente com partículas associadas, os Bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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