Morre aos 96 anos, Elizabeth II, a mais longeva rainha da história do Reino Unido

A ‘imortal’ Rainha Elizabeth II, de 96 anos, morreu na tarde desta quinta-feira, 8, após o Palácio de Buckingham informar que os médicos estavam preocupados com a saúde da soberana. Símbolo da monarquia britânica, Elizabeth governou o império britânico por mais de 70 anos, se consagrando como a mais longeva rainha da história do Reino Unido e a segunda com mais tempo de reinado na história do mundo. 

Agora, o trono deve ser passado ao seu filho mais velho, o príncipe Charles, de 73 anos. A morte da monarca ocorreu dois dias após ela encarregar a conservadora Liz Truss de formar um novo gabinete, oficializando a posse do 15º premiê de seu reinado. 

Saúde debilitada

A saúde da rainha já vinha sendo motivo constante de preocupação, mas alguns incidentes já vinham aumentando os rumores de que a monarca estava com a saúde debilitada, devido as suas ausências em eventos públicos. 

Nesta quarta-feira, 7, por exemplo, Elizabeth II cancelou uma reunião com seu Conselho Privado após ter sido instruída a descansar. Durante as comemorações de seu Jubileu de Platina (quando completou 70 anos de reinado) a rainha também teve uma participação reduzida.

Quem foi a Rainha Elizabeth?

Elizabeth Alexandra Mary Windsor, popularmente conhecida como Rainha Elizabeth II, nasceu em Mayfair, em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ela foi a primeira filha do Rei George VI e da Rainha Elizabeth (A Rainha Mãe).

Quando Elizabeth nasceu, a coroa estava em poder de seu avô George V, que foi o primeiro membro da dinastia de Windsor a ser coroado. Elizabeth era a terceira na linha sucessória da coroa, atrás de seu tio Edward e de seu pai George. Em 1936 com a morte de seu avô, o tio da monarca, Rei Edward VIII, decidiu abdicar o trono menos de um ano depois de assumir a coroa, para casar com uma norte-americana divorciada.

Isso fez com que o trono fosse repassado ao Rei George VI, pai de Elizabeth II, que assumiu o trono em 11 de dezembro de 1936. Com 10 anos, Elizabeth 2ª torna-se a primeira na linha sucessória ao trono. A partir de 1951, enquanto o rei esteve doente, a princesa Elizabeth II já o representava em diversos compromissos oficiais.

Casamento e Coroação

Em 20 de novembro de 1947, Elizabeth II casa-se com Philip Mountbatten, seu primo distante, filho do príncipe Andrew da Grécia, que ela conheceu quando estava com 13 anos de idade. O casamento foi realizado na Abadia de Westminster. Depois de casados passaram a residir em Clarence House, em Londres. O casal teve 4 filhos, Charles (1948), Anne (1950), Andrew (1960) e Edward (1964).

No dia 6 de fevereiro de 1952, com a morte precoce de seu pai, Elizabeth II, com 25 anos de idade, assumiu o trono. Porém, apenas em 2 de junho de 1953 ela é coroada. Nesta data, a rainha já era mãe de Charles e Anne. Após a coroação, a Família Real passou a residir no Palácio de Buckingham, no centro de Londres. O príncipe Philip, que se manteve na condição de consorte real, tornou-se Duque de Edimburgo.

Príncipe Charles deve herdar o trono da monarca. (Foto: Reprodução/Internet)

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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