Morreu na madrugada desta terça-feira (15), o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, aos 81 anos. O carioca estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libânes, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral.
No final de dezembro, um boletim médico apontou que Jabor tivera uma melhora progressiva no quadro neurológico e se encontrava consciente. Segundo a família, a causa da morte foram complicações do AVC.
Conhecido por dirigir sucessos como ”Eu Te Amo”, de 1981, Jabor participou como comentarista em telejornais da TV Globo desde os anos 1990. Mas, antes disso, sua primeira vocação foi como cineasta, formado durante a década de 1960 sob o ambiente do cinema novo – que buscava levar a realidade do Brasil para as telonas.
Cinema e Jornal
Depois de um período crítico de teatro e cinema no jornal, chegou ao cinema por influência do seu amigo Cacá Diegues. Se lançou em uma segunda fase do movimento, com os documentais ”Rio Capital Mundial do Cinema” e ”O Circo”, ambos de 1995.
Seu primeiro longa-metragem foi ”A Opinião Pública”, de 1967, um introdução a classe média do Rio de Janeiro. Já seu segundo filme, ”Pindorama”, de 1970, foi a sua primeira investida na ficção, mas acabou sendo um completo fracasso.
Mesmo com grande filmes, Jabor sempre dizia que não enriquecia com o cinema. Por isso, ao encontrar o jornalista Fernando Gabeira pediu uma oportunidade para voltar ao ramo do jornalismo. E conseguiu, trabalhando 10 anos na Folha, colaborando também com outras publicações jornalísticas como no gaúcho Zero Hora e no carioca O Globo.
Além dos papéis no jornal, ele também se arriscou no telejornalismo da Rede Globo, participando como comentarista de programas como o Jornal Nacional, Jornal da Globo e Bom Dia Brasil, bem como na rádio CBN. Ao longo da carreira, ficou conhecido por seus comentários irônicos.