Morre dramaturgo Zé Celso, aos 86 anos

Morre dramaturgo Zé Celso aos 86 anos

Morre dramaturgo Zé Celso, aos 86 anos

Nesta quinta-feira, 6, morreu o dramaturgo Zé Celso, aos 86 anos. Fundador do Teatro Oficina, ele estava internado desde terça-feira, 4, no Hospital das Clínicas, na Zona Oeste de São Paulo, capital, após ter 40% do corpo queimado em um incêndio que ocorreu em sua residência, localizada no bairro Paraíso, no centro de São Paulo.

As causas do incêndio ainda serão investigadas, mas a suspeita é de que aconteceu um curto-circuito no ar-condicionado ou no aquecedor da residência do dramaturgo. Zé Celso deixa seu marido, Marcelo Drummond, de 60 anos, com quem viva junto desde 1987 e com o doguinho do casal, chamado Nagô.

Nascido em Araraquara, no interior de São Paulo, em 1937, Zé Celso se tornou um dos maiores dramaturgos do País. Ele foi responsável por montar importantes peças teatrais como  Os pequenos burgueses, de Máximo Górki, O rei da vela, de Oswald de Andrade, e Roda-viva, do cantor e compositor carioca Chico Buarque de Holanda.

O dramaturgo Zé Celso se tornou um dos principais nomes da cultura brasileira nas últimas décadas ao fundar o Teatro Oficina, em 1958, em São Paulo. A companhia de teatro foi responsável por inventar uma linguagem teatral embebida em “pulsão dionísica” e por afrontar a ditadura militar no País(1964-1985). Tanto ao ponto de Zé Celson ser detido e exilado pelos militares para Portugal, em 1974, onde ficou por cinco anos.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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