Morre funcionário de padaria que teve 70% do corpo queimado em explosão, em Goiânia

Padaria

O funcionário de uma padaria que teve 70% do corpo queimado após uma explosão morreu em um hospital de Goiânia. Wesley Ribeiro Neto, de 22 anos, estava internado desde o dia 2 de novembro. O acidente aconteceu em Aparecida de Goiânia, região metropolitana.

Wesley morreu no sábado (27). O estado dele sempre considerado grave, chegando a precisar de doação de sangue.

O acidente aconteceu no dia 2 de novembro. Wesley teria ido até a padaria onde trabalhava por volta das 15h. Por causa do feriado, não havia ninguém no local. O funcionário teria ligo as luzes de um cômodo na padaria quando aconteceu uma explosão, causada por um vazamento de gás.

“Provavelmente foi um vazamento e ele se concentrou na parte do meio da padaria, onde houve o maior dano. Provavelmente o trabalhador acionou alguma lâmpada, alguma faísca que ocasionou essa explosão”, disse na época o tenente Kenyo Rocha.

Wesley teria saído do lugar e recebido ajuda de populares, que levaram ele até uma unidade de saúde. Segundo moradores, são cerca de 70 metros do local do acidente até o posto.

Ele recebeu os primeiros atendimentos médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, mas, devido a gravidade das queimaduras, o jovem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde estava internado até morrer.

Na época, o dono da padaria contou que não sabia como o acidente aconteceu e que toda a rede de gás havia sido vistoriada pelos bombeiros. Devido à força da explosão, o prédio onde ficava a padaria ficou danificado e precisou ser demolido.

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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