Morre João Batista, o seu João, dono da loja de discos Som Livre, em Goiânia
Segundo amigo do comerciante, João sofreu um mal súbito enquanto voltava do trabalho para casa. Ainda de acordo com o amigo, o comerciante era simples, mas com um vasto conhecimento sobre música. João Batista era dono de uma antiga loja de discos, em Goiás, e foi um ícone local durante anos. Aos 71 anos, morreu o proprietário da loja de discos Som Livre, localizada no centro de Goiânia. Segundo Márcio Roberto, amigo do comerciante há mais de 25 anos, João sofreu um mal súbito enquanto voltava do trabalho para casa. “Ele fechou a loja e indo embora para casa teve um mau súbito no trânsito e veio a óbito”, afirmou.
João morreu na sexta-feira (25), e foi enterrado no sábado (26), na capital. Ainda segundo Márcio, o comerciante era uma pessoa simples, mas com um vasto conhecimento sobre música e apaixonado por ela. Nas redes sociais, a vereadora Katia Maria (PT) também lamentou a morte do comerciante. Na publicação, Katia afirmou que a loja de João não era apenas um ponto de vendas, mas “um espaço de encontros, de troca, de memórias afetivas”.
Em fevereiro deste ano, João deu uma entrevista ao programa No Balaio, da TV Anhanguera, onde mostrou um pouco mais de sua loja e a grande quantidade de discos de vinil, CDs e outros. “É uma oportunidade maravilhosa de mostrar para essa juventude que música boa existe, é só uma questão de procurar”, afirmou na época. João contou que a loja foi fundada por um concunhado e uma concunhada, em 1985. O comerciante declarou que começou a trabalhar com eles após um tempo e acabou adquirindo a loja posteriormente. “Se eu tivesse continuado na minha profissão, eu acho que financeiramente seria mais recompensado, mas não na parte de prazer de estar onde eu estou e fazer o que eu faço”, concluiu.
A morte de João trouxe grande comoção para a comunidade local, que viu na figura do comerciante um símbolo da cultura musical da região. Seu legado e amor pela música analógica serão lembrados por todos que tiveram a oportunidade de conhecer sua loja e desfrutar de sua paixão. A partida de João deixa um vazio na cena musical de Goiânia, mas seu espírito e sua dedicação permanecerão vivos através das lembranças e histórias compartilhadas por aqueles que o conheceram. João Batista, o “mago” da música analógica, seguirá presente nos corações daqueles que apreciavam não apenas a sua loja, mas toda a experiência e conhecimento que ele compartilhava com quem cruzasse o seu caminho.
