Miguel Uribe, senador colombiano e pré-candidato à Presidência, faleceu após passar dois meses em estado grave. Ele foi baleado na cabeça durante um comício em Bogotá. Aos 39 anos, Uribe figurava como um dos favoritos na corrida presidencial, sendo um dos principais nomes de oposição ao governo vigente. Sua esposa, María Claudia Tarazona, agradeceu o apoio nas redes sociais e lamentou a perda.

Uribe apresentou sinais de melhora no tratamento, mas sofreu uma hemorragia cerebral fatal no sábado. As autoridades prenderam suspeitos do ataque, incluindo o suposto cérebro logístico. Segundo informações da polícia, a dissidência da Farc pode estar por trás do planejamento.

A morte de Uribe, neto de ex-presidente, resgata traumas de décadas passadas de violência política no país. O político deixa um legado marcado pela tragédia familiar, com a brutal morte de sua mãe, a jornalista Diana Turbay, em 1991. A vice-presidente colombiana pediu por paz e diálogo em meio à dor da perda.

Líderes políticos da Colômbia e do exterior prestaram homenagens a Uribe e exigiram justiça. Mesmo com o sobrenome compartilhado, o ex-presidente Álvaro Uribe, sem parentesco, expressou condolências. O secretário de Estado americano também se solidarizou com a família e o povo colombiano.

A vida de Miguel Uribe foi marcada pela violência do conflito armado. De família política influente, estudou Direito em Harvard e ocupou cargos públicos em Bogotá. Sua morte representa uma perda significativa para a política colombiana e reaviva os desafios de segurança no país.