Morre mulher que sofreu queimaduras em incêndio às margens da BR-364

Morreu na última sexta-feira, 13, Kaline Rodrigues da Silva, vítima de um incêndio às margens da BR-364, em Portelândia, no sudoeste goiano. Mulher estava em um carro que caiu dentro de uma cacimba depois que a fumaça de um incêndio dificultando a visibilidade na rodovia.

A informação foi confirmada pela mãe da vítima, que tinha 22 anos. “É doído perder uma filha da maneira que eu perdi. Ela era maravilhosa. Qualquer lugar que perguntar por ela na cidade, todo mundo gostava dela”, contou a mãe.

Segundo a mãe de Kaline, a filha estava em um carro com o namorado e um amigo do casal. Eles trafegavam pela BR-364, local que estava com uma fumaça densa de um incêndio que dificultava a visibilidade, quando o motorista perdeu a direção do veículo e saiu da pista, caindo dentro da cacimba.

Keline tentou sair do local, mas acabou sendo atingida pelas chamas e sofreu queimaduras de 1ª, 2ª e 3º grau nas pernas, braços e tronco. Ela foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mineiros, onde recebeu atendimento médico.

Além dela, o outro passageiro do veículo e o motorista também sofreram queimaduras, sendo levados à UPA com queimaduras de menor gravidade. Keline foi a única das vítimas que veio a falecer.

A pista da BR-364 ficou interditada em ambos os sentidos por duas horas até que os focos de incêndio fossem controlados e a visibilidade melhorasse. A equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Jataí esteve no local para controlar o trânsito durante a ocorrência.

Kaline era mão de uma criança de cinco anos com deficiência e trabalhava como manicure. Segundo a mãe da vítima, a neta ficará sob os cuidados dela.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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