Morre Olavo de Carvalho, aos 74 anos

Morre Olavo de Carvalho, aos 74 anos

Na noite desta segunda-feira (24), Olavo de Carvalho faleceu na Virgínia, Estados Unidos. A morte foi comunicada em suas próprias redes sociais. Segundo a publicação, que não informa o motivo do falecimento, o escritor estava hospitalizado na região de Richmond. Há oito dias, Olavo de Carvalho havia sido diagnosticado com Covid-19. Ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos.

Usuários do Twitter associaram sua morte à Covid-19, diagnosticada recentemente, apesar de a causa do falecimento não ter sido confirmada oficialmente. Os internautas relembraram ainda uma postagem do escritor, em que ele subestimava a gravidade da pandemia. “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”, escreveu.

Olavo de Carvalho se autoproclamava filósofo, apesar de não ter tido formação acadêmica. Ganhou espaço a partir dos anos 1980, com artigos de cunho conservador publicados em veículos de grande circulação, como Folha de São Paulo e O Globo. Ao se mudar para os Estados Unidos, passou a oferecer cursos online e a vender livros, que tiveram amplo alcance, com discurso conservador. Em 2017, criou um canal no YouTube que tem mais de um milhão de inscritos. Olavo é considerado considerado “guru” do bolsonarismo.

Problemas de saúde

Em julho de 2021, Olavo passou por exames e avaliação cardiológica no Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor), em São Paulo. Durante a internação, teve crise de angina passou por tratamento para compensação cardíaca. No dia 13 de julho, foi submetido a uma cirurgia de emergência na bexiga, para revisão de outra operação feita em maio, nos EUA. Recebeu alta após dez dias.

No entanto, dia nove de agosto, voltou a ser hospitalizado no InCor, apresentando insuficiência cardíaca e renal aguda, além de infecção sistêmica. Olavo era cardiopata e tinha diagnóstico da Doença de Lyme, infecção transmitida por carrapato, que provoca irritações na pele e sintomas parecidos com os de uma gripe.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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