Saiba a causa da morte de Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta

Paulinha Abelha Calcinha Preta

A vocalista da banda Calcinha Preta, Paulinha Abelha, não resistiu a um quadro de comprometimento multissêmico e morreu na noite desta quarta-feira (23), em Aracaju. A cantora estava internada desde 11 de fevereiro, com problemas renais, e sua situação foi agravando ao longo dos dias. Aos 43 anos, ela teve a sua morte confirmada pelo Hospital Primavera, na capital de Sergipe.

Carreira e morte de Paulinha Abelha

O primeiro trabalho profissional de Paulinha Abelha no mundo da música foi no grupo Panela de Barro. No final dos anos 1990, ela passou a integrar a banda Calcinha Preta, fazendo um grande sucesso como artista. Em 2009, mudou de ares e começou a fazer parte G.D.Ó. do Forró, retornando para a Calcinha Preta em 2014. Dois anos depois, formou dupla com Silvânia Aquino, voltando mais uma vez para a Calcinha Preta em 2018.

Em 2020, Paulinha Abelha parou de se apresentar por conta da pandemia da Covid-19, mas a rotina de shows vinha sendo retomada. No dia 11 de fevereiro de 2022, porém, a cantora foi hospitalizada com problemas renais. Três dias depois, o seu quadro se agravou e ela recebeu transferência para a UTI, fazendo diálise. No dia 17, ela entrou em coma e apresentou instabilidade neurológica, o que a impedia de ir para outro local. Na mesma data, sua situação se alterou e ela foi para o Hospital Primavera.

No local, Paulinha Abelha permaneceu por quase uma semana. O seu quadro ficou estável, mas a situação continuava grave. Amigos da vocalista realizaram mutirões para doações de sangue, considerando que a artista estava realizando hemodiálise. Desde a última terça-feira (22), os médicos informaram que o objetivo principal era manter a vocalista viva, justamente por conta da gravidade do caso. Ela respirava sem a ajuda de aparelhos, mas faleceu em decorrência de comprometimento multissêmico. A morte teve a confirmação do Hospital Primavera às 19h26.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp