Morre poeta Amazonense Thiago de Mello, aos 95 anos

O poeta amazonense Amadeu Thiago de Mello nasceu em Barreirinha e faleceu aos 95 anos enquanto dormia, em Manaus. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido em Barreirinha, no interior do Amazonas, era um dos poetas mais conhecidos da região e cantou em prosa e verso sua luta pela preservação da maior floresta do mundo.

Thiago de Mello foi homenageado pela 34º Bienal de São Paulo, em setembro de 2021. O tema da edição era “Faz escuro mas eu canto”, verso escrito pelo poeta em “Madrugada Camponesa”, de 1965.

Entre suas obras poéticas, também se destacam “Mormaço na floresta”, “Vento Geral” e “Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida”. Em prosa, publicou livros como “Amazonas, Pátria da Água” e “Amazônia –  A menina dos Olhos do Mundo”, da década de 1990.

Curiosidades

Thiago foi preso durante a ditadura militar (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador. Além disso, Mello morou também na Argentina, no Chile, em Portugal, na França e na Alemanha.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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