Morre primeira mulher a comandar o MP-GO

A Procuradoria Geral de Justiça do estado de Goiás comunicou nesta sexta-feira (9) o falecimento da procuradora aposentada Nilma Maria Naves Dias do Carmo, aos 78 anos, vítima da Covid-19.  Na história do Ministério Público goiano, Nilma marcou seu nome por ser a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora-geral de justiça e em razão do seu falecimento o MP-GO decretou luto oficial por sete dias, conforme o Ato PGJ nº 29/2021.

Natural de Iraí de Minas (MG), Nilma graduou-se em direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e ingressou no Ministério Público em junho de 1966. Suas primeiras comarcas foram Araguacena e Porto Nacional, seguidas por Luziânia e Goiânia. Em 23 de setembro de 1986, foi promovida à procuradora-geral de justiça e ao assumir o cargo procedeu a uma ampla renovação estrutural da Instituição.

Lutas pela carreiga 

O envolvimento de Nilma com a luta classicista começou cedo. A busca preliminar não era apenas a isonomia salarial com a magistratura mas também o fato de que o Ministério Público não poderia prescindir de maior projeção na sociedade. Ao prosseguir na luta, preaprou o terreno para um sonho antigo: a construção da nova sede do MP-GO. Nilma retratou em seu livro de memória o orgulho de ter sido presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), “a unanimidade da classe é ser presidente, porque ali votam os inativos e os membros da ativa”, afirmou.

Referências na Instituição

Nilma dizia que nunca havia encontrado dificuldades em sua atuação, sobre o fato de ter sido a primeira mulher a ocupar o cargo. Em 2018, foi uma das quatro mulheres homenageadas pela Instituição em suas redes sociais, em comemoração ao mês das mulheres. O reconhecimento se deu por ter sido uma das precursoras da atuação feminida no MP-GO ao longo do século 20, exercendo de forma autônoma e independente suas atividade em defesa dos interesses sociais, da ordem jurídica e do regime democrático.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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