Morre tecladista que teve 60% do corpo queimado em resort durante show pirotécnico

Tecladista que teve 60% do corpo queimado em resort de luxo morre após 11 dias internado

Morreu na manhã desta sexta-feira (4) o tecladista da Banda Arquivo, que se apresentava no Mavsa Resort no momento do incêndio. O músico estava internado em um hospital particular de Sorocaba (Sp) desde o dia 21 de fevereiro e não resistiu aos ferimento. A informação foi compartilhada pela esposa do artista.

Antone Roberto Camargo, de 43 anos, teve queimaduras de 2º e 3º graus e atingiram 60% do corpo.  Segundo o último boletim médico divulgado pelo hospital, o tecladista estava com uma inflamação no pulmão e passou por um processo de oxigenação para melhorar a saturação. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e será velado no Velório Municipal de Alumínio.

Investigação

Na manhã após o incidente o Mavsa resort passou por perícia técnica, segundo o gerente do resort, todos os alvarás de funcionamento estavam em dia, além disso foi informado que a última vistoria do local aconteceu no final de 2021.

Segundo a Polícia Civil, um dos equipamentos que disparou os artefatos pirotécnicos havia funcionado de forma diferente no dia da apresentação. Foram ouvidos pela polícia civil a empresária que organiza os shows do resort e o cerimonialista que estava no local no momento do ocorrido. Em seus depoimentos os dois confirmaram ter identificado uma explosão diferente em um dos equipamentos utilizados para o show.

 Nota de pesar do resort

Após a confirmação da morte do músico o Resort Mavsa publicou uma nota lamentando a morte do músico e afirmando que tem prestado todo apoio possível a família do tecladista. “Profundo pesar aos familiares, amigos, fãs e companheiros de banda pelo falecimento do músico Antone Roberto Camargo”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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