Morrem mais duas crianças vítimas de incêndio em creche

Duas crianças vítimas da tragédia em creche de Janaúba (MG) morreram na tarde de hoje (6). As vítimas fatais chegam a nove pessoas. As duas crianças estavam em estado grave e haviam sido transferidas para Montes Claros. Cecília Davina Gonçalves Dias e Yasmim Medeiros Sabino tinham 4 anos.

Outras 41 pessoas ficaram feridas. Os 13 pacientes mais graves foram todos encaminhados para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, referência em queimaduras no estado.

Tanto Cecília quanto Yasmin estavam internadas na Santa Casa Montes Claros. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, outras 11 vítimas seguem internadas no local, sendo nove crianças, todas em estado grave.

Na manhã de quinta-feira (5), o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, entrou na escola na qual trabalhava e ateou fogo em crianças e em si mesmo. O vigia foi uma das vítimas fatais, além dele, a professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, que tentou impedi-lo fisicamente e ajudou no resgate de crianças.

A tragédia ocorreu na creche Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente. Trata-se de uma escola pública, que recebe crianças até seis anos e fica no bairro Rio Novo.

Em nota, divulgada hoje (6), a Prefeitura Municipal de Janaúba pede o apoio da população com doações para as crianças e as famílias. Roupas e água estão na lista dos pedidos.

As doações podem ser entregues na própria prefeitura. O órgão também recebe doações por transferência bancária. De acordo com a prefeitura os R$ 177 mil já arrecadados serão usados não apenas imediatamente, mas nos próximos anos durante o tratamento e acompanhamento das crianças e famílias.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp