Morte de Cid Moreira, ícone da TV Brasileira

Nesta quinta-feira, 3, a televisão brasileira perdeu um de seus mais emblemáticos jornalistas e apresentadores: Cid Moreira. Com uma carreira que abrangeu mais de sete décadas, Cid Moreira deixou um legado inigualável no jornalismo brasileiro.

Segundo noticiários, Cid Moreira estava internado em um hospital em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde vinha tratando de uma pneumonia.

História

Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927. Ele iniciou sua carreira no rádio em 1944, após ser descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Nos anos seguintes, trabalhou em várias rádios, incluindo a Rádio Bandeirantes e a Propago Publicidade em São Paulo, e posteriormente na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro.

A estreia de Cid Moreira como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no “Jornal de Vanguarda” da TV Rio. Essa foi a marca inicial de sua carreira no jornalismo televisivo, que o levaria a trabalhar em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental. Sua experiência na televisão começou com a apresentação de comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala” na TV Rio.

Em 1969, Cid Moreira voltou à Globo para substituir Luís Jatobá no “Jornal da Globo” e foi escalado para a equipe do recém-lançado “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. Ele estreou no Jornal Nacional dividindo a bancada com Hilton Gomes e, dois anos depois, iniciou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin. Durante 26 anos, Cid foi o principal rosto do JN, tornando sua voz sinônimo de credibilidade e seu “boa-noite” diário um marco na televisão brasileira.

Além do Jornal Nacional, Cid Moreira também participou do “Fantástico” desde sua estreia em 1973, revezando com outros apresentadores. Ele narrou o famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso do programa. Na década de 1990, Cid começou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos e, em 2011, realizou o objetivo de gravar a Bíblia na íntegra, um projeto que se tornou um grande sucesso de vendas.

Cid Moreira deixou um legado imenso na televisão brasileira. Sua carreira, que incluiu a apresentação do Jornal Nacional por quase três décadas, o tornou uma figura icônica e respeitada. Além disso, sua voz e presença marcaram gerações de telespectadores. Ele faleceu aos 97 anos, deixando uma memória eterna na história do jornalismo brasileiro.

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Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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