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Morte de Cid Moreira, ícone da TV Brasileira

Última atualização 03/10/2024 | 11:47

Nesta quinta-feira, 3, a televisão brasileira perdeu um de seus mais emblemáticos jornalistas e apresentadores: Cid Moreira. Com uma carreira que abrangeu mais de sete décadas, Cid Moreira deixou um legado inigualável no jornalismo brasileiro.

Segundo noticiários, Cid Moreira estava internado em um hospital em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde vinha tratando de uma pneumonia.

História

Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927. Ele iniciou sua carreira no rádio em 1944, após ser descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Nos anos seguintes, trabalhou em várias rádios, incluindo a Rádio Bandeirantes e a Propago Publicidade em São Paulo, e posteriormente na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro.

A estreia de Cid Moreira como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no “Jornal de Vanguarda” da TV Rio. Essa foi a marca inicial de sua carreira no jornalismo televisivo, que o levaria a trabalhar em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental. Sua experiência na televisão começou com a apresentação de comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala” na TV Rio.

Em 1969, Cid Moreira voltou à Globo para substituir Luís Jatobá no “Jornal da Globo” e foi escalado para a equipe do recém-lançado “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. Ele estreou no Jornal Nacional dividindo a bancada com Hilton Gomes e, dois anos depois, iniciou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin. Durante 26 anos, Cid foi o principal rosto do JN, tornando sua voz sinônimo de credibilidade e seu “boa-noite” diário um marco na televisão brasileira.

Além do Jornal Nacional, Cid Moreira também participou do “Fantástico” desde sua estreia em 1973, revezando com outros apresentadores. Ele narrou o famoso quadro de Mr. M, que se tornou um grande sucesso do programa. Na década de 1990, Cid começou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos e, em 2011, realizou o objetivo de gravar a Bíblia na íntegra, um projeto que se tornou um grande sucesso de vendas.

Cid Moreira deixou um legado imenso na televisão brasileira. Sua carreira, que incluiu a apresentação do Jornal Nacional por quase três décadas, o tornou uma figura icônica e respeitada. Além disso, sua voz e presença marcaram gerações de telespectadores. Ele faleceu aos 97 anos, deixando uma memória eterna na história do jornalismo brasileiro.