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Morte de criança pode ser a primeira por chikungunya em 2023

Última atualização 22/01/2023 | 12:25

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) está apurando a causa da morte de uma menina. A suspeita é que tenha sido causada por chikungunya . A pasta não informou detalhes sobre o município onde a menina mora, idade ou identidade. Se confirmada, o óbito será ser o primeiro causado pela doença em Goiás em 2023. No ano passado, oito pessoas perderam a vida em decorrência do vírus transmitido pelo mesmo mosquito transmissor de dengue e zika. 

 

O registro de casos notificados de chikungunya tiveram redução de 90,6%, de acordo com o painel de indicadores da SES-GO. Eles somavam 439 e agora são 41, comparando as primeiras três semanas no ano passado. Durante o ano de 2022, a pasta contabilizou 6.246 casos no estado – número muito acima do total de 2021, quando houve 1.195 notificações.

 

Com o aumento das doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, chamadas arboviroses,  os profissionais de saúde da linha de frente das unidades de saúde estaduais passaram por treinamento. Um dos grandes problemas enfrentados é a semelhança dos sintomas chikungunya, dengue e zika.

 

As chuvas, calor e o período são literalmente um prato cheio para a proliferação dessas doenças. A orientação das autoridade é que a população evita focos dos insetos transmissores vedando a caixa d´água, recolhendo, acondicionamento do lixo no quintal, cobrindo  cisterna e reservatórios de água, como vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões das pias da cozinha e do banheiro. 

 

A atenção deve ser redobrada porque o mosquito consegue se reproduzir nos lugares mais inusitados. Um criadouro muito comum do vetor é o recipiente de degelo das geladeiras. A prevenção não deve se restringir à residência, mas se estender a ambientes como escola, trabalho. O ovo do Aedes aegypti, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto.

 

Recorde

 

Em Goiás, o número de casos das três doenças transmitidas por mosquitos bateu recorde no ano passado desde o início dos registros há quase 30 anos, em 1994. Ao todo, a SES-GO confirmou 187.774 diagnósticos somente de dengue, o equivalente a 247,4% a mais em relação a 2021 (54.049). A média foi de 21 casos da doença por hora, sendo 515 por dia e 15.475 ao mês entre janeiro e 30 de dezembro de 2022. Os óbitos causados também surpreenderam com alta de 300% comparado ao ano anterior, saltando de 39 para 156 mortes em decorrência de complicações.

 

Comparação de casos notificados de chikungunya por semana epidemiológica

2022 2023
Semana 1 121 25
Semana 2 147 14
Semana 3 171 2
Total:  439 41

Fonte: SES-GO