Morte de jovem durante operação do Bope no Rio de Janeiro: investigações em andamento

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O caso envolvendo a morte de Herus Guimarães Mendes durante uma operação do Bope em uma festa junina no Morro Santo Amaro, no Catete, chocou a população do Rio de Janeiro. O jovem de 23 anos foi baleado no abdômen e não resistiu aos ferimentos, enquanto outras cinco pessoas também ficaram feridas. A ação policial gerou revolta entre os moradores, que organizaram um protesto na Rua Pedro Américo. Durante o protesto, um policial civil, que estava de folga, foi preso por disparar sua arma de fogo.

A Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL) informou que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto para investigar a conduta do agente. Em nota, a corporação destacou que não compactua com desvios de conduta, crimes ou abusos de autoridade praticados por seus servidores. A prisão do policial civil ocorreu em flagrante, e as armas utilizadas na operação no Morro Santo Amaro foram apreendidas para análise.

O governador Cláudio Castro determinou o afastamento dos comandantes do Bope e do Comando de Operações Especiais (COE), além de outros 12 policiais envolvidos na operação. As investigações estão em andamento, e a Polícia Civil realizou uma perícia na comunidade para apurar de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas. O Ministério Público do Rio também está realizando uma perícia independente para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.

A comunidade do Santo Amaro sempre foi conhecida por não ter tráfico ostensivo, e a operação policial foi realizada em resposta a informações sobre um possível ataque de facções rivais na região. Segundo a Secretaria de Polícia Militar, os agentes foram recebidos a tiros ao se aproximarem de um ponto na favela, o que desencadeou o confronto que resultou na morte de Herus. O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio classificou o episódio como “triste e inaceitável”.

O procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, reafirmou o compromisso do Ministério Público em exercer o controle externo da atividade policial e responsabilizar os envolvidos no caso. A população aguarda por mais informações sobre o desdobramento das investigações e por medidas que garantam a segurança e a integridade dos moradores do Morro Santo Amaro. É fundamental garantir a transparência e a prestação de contas em situações envolvendo a atuação das forças de segurança no estado.

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