A morte do pastor e pintor Eduardo Oliveira dos Santos, de 45 anos, durante um tiroteio entre policiais militares e traficantes no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, gerou polêmica e questionamentos por parte de sua família. Em entrevista, a irmã do religioso, a missionária Tatiana dos Santos, relatou que ele havia pedido ajuda a ela, mas foi impedido pela polícia de receber o socorro necessário. As imagens mostram o desespero das pessoas tentando ajudar o pastor baleado no chão.
Segundo Tatiana, Eduardo morava na comunidade e estava a apenas cinco minutos de sua casa quando foi atingido pelos disparos. Ele deixou três filhos, com idades de 12, 14 e 18 anos, que agora enfrentam a dor da perda do pai de forma repentina. A família contesta a versão da polícia de que o pastor estaria envolvido no confronto, alegando que ele estava apenas passando para visitá-los.
Apesar dos esforços para socorrer Eduardo, ele acabou sendo levado para a Unidade de Pronto Atendimento de Ricardo de Albuquerque já sem vida. A dificuldade de chegar ao Instituto Médico-Legal para liberar o corpo do pastor, devido a uma operação policial em andamento, gerou ainda mais angústia para a família enlutada. A PM informou que a situação está sendo investigada e que diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da tragédia, com Eduardo caído no chão e sendo carregado por pessoas que tentam ajudá-lo. O desespero e a comoção da comunidade diante da perda de um ente querido são evidentes nas imagens. A família e amigos do pastor realizaram um protesto na localidade para exigir justiça e esclarecimentos sobre a morte.
Enquanto a investigação segue em andamento, os moradores da região enfrentam momentos de tensão com a presença policial intensificada e a suspensão de atividades em escolas e unidades de saúde. A comunidade aguarda por respostas sobre o ocorrido e busca apoio para lidar com a dor da perda de Eduardo Oliveira dos Santos. A memória do pastor e pintor é lembrada com carinho e saudade por aqueles que o conheceram e conviveram com ele.
