Morte do escritor do livro sobre Marielle Franco continua sem resposta

O escritor morava no Brasil há 10 anos e deixou um filho e uma namorada

A Policia Civil do Rio de Janeiro continua investigando a motivação do assassinato do escritor Leuvis Manuel Olivero, 38 anos. O crime ocorreu no dia 10 de outubro, em uma rua do bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Leuvis nasceu na República Dominicana, mas era cidadão estadunidense e morava no Brasil há quase dez anos. Além de escritor, era capoeirista e deixa um filho e uma namorada, com quem morava no Rio de Janeiro.

Entre os onze livros publicados por Olivero, um homenageava a vereadora carioca Marielle Franco, também assassinada a tiros na cidade.

De acordo com o relato de testemunhas, o homem andava pela rua, quando um carro se aproximou. Logo em seguida, os disparos começaram, de dentro do veículo, atingindo a cabeça e o abdômen da vítima.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ir até o local, mas o escritor estava morto quando os médicos chegaram. Os policiais ainda não sabem a motivação do assassinato.

Sobre a morte de Marielle Franco

A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 do dia 14 de Março de 2018. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também morreu com os tiros. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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