Mortes de ciclistas crescem 66,6% em Goiás; resgates aumentam 9,2%

Mortes de ciclistas crescem 66,6% em Goiás; resgates aumentam 9,2%

Entre 2021 e 2022, acidentes envolvendo ciclistas aumentaram em Goiás. De acordo com um levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), em dados registrados exclusivamente em ocorrências do Corpo de Bombeiros Militar, a quantidade de mortes de ciclistas cresceu 66,6%. Já o número de resgates aumentou em 9,2%. O órgão forneceu as estatísticas após solicitação do Diário do Estado (DE).

Resgates e óbitos de ciclistas em Goiás

Os resgates do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás são divididos em categorias específicas: animal x bicicleta, bicicleta x bicicleta, bicicleta x objeto fixo, carro x bicicleta, moto x bicicleta, veículo grande porte x bicicleta, veículo de tração animal x bicicleta e queda de bicicleta.

“Os dados apresentados neste demonstrativo estão sujeitos à variações, conforme o andamento de investigações em procedimentos policiais instaurados para apuração dos fatos, bem como ocorrências registradas após a confecção deste relatório”, diz a nota da SSP-GO.

Em 2021, os bombeiros efetuaram um total de 2.451 resgates em Goiás, com 9 óbitos envolvendo ciclistas. Em 2022, o número de resgates saltou para 2.678 no estado, enquanto os óbitos subiram para 15. Com isso, o aumento de resgates entre um ano e outro foi de 9,2%, enquanto as mortes subiram 66,6%.

Em quase todas as categorias de acidentes, houve o aumento de resgates de ciclistas entre 2021 e 2022. Bicicleta x bicicleta passou de 18 para 22, carro x bicicleta de 683 para 812, moto x bicicleta de 410 para 477, veículo grande porte x bicicleta de 59 para 84, veículo de tração animal de 0 para 1, e queda de bicicleta de 1.235 para 1.248.

Somente em animal x bicicleta (15 para 8) e bicicleta x objeto fixo (31 para 27), os resgates foram maiores em 2021. Quanto aos óbitos, houve a manutenção na categoria carro x bicicleta (cinco em ambos os anos). Porém, o número cresceu de quatro para cinco em quedas de bicicleta, e de zero para cinco em veículos de grande porte x bicicleta.

Como base de comparação, o número total de resgates de ciclistas em 2020 foi 2.340, com cinco óbitos em Goiás.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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