Mosquitos ‘antidengue’ liberados no DF esta terça; regiões atingidas e como funcionam

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Mosquitos ‘antidengue’ serão soltos no DF nesta terça; veja regiões e entenda como funcionam

Conhecidos como Wolbito, insetos não apresentam qualquer risco para a saúde dos humanos. Aedes aegypti é infectado com a bactéria Wolbachia e, com isso, não transmite doenças.

1 de 2 Mosquitos Aedes aegypti “antidengue” vão ser liberados no Distrito Federal. — Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

Mosquitos Aedes aegypti “antidengue” vão ser liberados no Distrito Federal. — Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

Mosquitos Aedes aegypti “antidengue” vão começar a ser liberados no Distrito Federal a partir desta terça-feira (8).

O método, desenvolvido em parceria entre um laboratório particular, o Ministério da Saúde e a Fiocruz, busca combater a transmissão da dengue, do zika vírus e da chikungunya.

Os mosquitos são inoculados com a bactéria Wolbachia, o que os torna “imunes” ao contágio por esses vírus que causam doenças. Com isso, deixam de oferecer risco aos humanos.

Conhecidos como Wolbito, os insetos podem até picar os seres humanos, mas não vão transmitir as doenças. A bactéria Wolbachia, que eles carregam, é inofensiva para nós.

“Liberando mosquitos com a [bactéria] Wolbachia em campo, a Wolbachia passa na reprodução desses insetos. A gente troca a população de mosquitos por uma população que tem Wolbachia e, portanto, é incapaz de transmitir doenças”, explica o gerente de implementação da Wolbito, Gabriel Sylvestre.

As regiões onde os insetos serão liberados são: Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina, Itapoã.

Em julho, a Secretaria de Saúde do DF informou que a liberação dos mosquitos deve ocorrer até janeiro de 2026. Um núcleo regional foi preparado para a produção dos mosquitos inoculados com a Wolbachia. A bactéria está presente naturalmente em mais de 50% dos insetos na natureza.

Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2024, o Distrito Federal teve a maior incidência da dengue – ou seja, o maior número de casos por cada 100 mil habitantes. A capital federal teve mais casos, em proporção, que estados como Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás.

COMO FUNCIONA A ESTRATÉGIA COM OS MOSQUITOS “ANTIDENGUE”?

O método Wolbachia, criado nos anos 1980, é uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses. Em 2024, completou dez anos de existência no Brasil e foi implementado em 11 municípios brasileiros, segundo a Secretaria de Saúde do DF. O Rio de Janeiro recebeu a primeira leva no país, em 2014.

A estratégia funciona da seguinte forma: liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, ao longo do tempo, ocorre a substituição da população de mosquitos, todos com a bactéria Wolbachia.

QUAL É O IMPACTO?

Segundo a Secretaria de Saúde do DF: Na Indonésia, na região de Yogyakarta, um estudo padrão-ouro indicou até 77% na redução dos casos de dengue. No Brasil, em Niterói, um estudo publicado indicou que houve redução de 70% no número de casos da doença.

Veja vídeo sobre vacinação da dengue:

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Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.

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