Aberta na terça-feira (4/2), a mostra na Caixa Cultural apresenta parte do acervo dos colecionadores Onice Moraes e José Rosildete Oliveira. Um dos convidados presente na abertura da exposição História(s) da Arte Brasileira | Multiplicidade da Coleção Moraes e Oliveira agradeceu por compartilharem uma coleção tão importante com a capital federal. Em cartaz em Brasília, a mostra celebra os 30 anos da Coleção Moraes e Oliveira. Realizado na noite de terça-feira (4/2), o evento de abertura reuniu convidados ilustres para contemplar parte do acervo de Onice Moraes e José Rosildete de Oliveira.
Embora Onice e José Rosildete estejam à frente da prestigiada Referência Galeria de Arte, é a primeira vez que o casal compartilha um recorte tão abrangente da coleção, que inclui trabalhos de mestres como Athos Bulcão, Iberê Camargo, Claudio Tozzi e Rubem Valentim, além de uma forte presença de artistas contemporâneos e expoentes do Centro-Oeste brasileiro. “Há anos queríamos que outras pessoas conhecessem esse acervo, e agora temos essa oportunidade por meio do edital da Caixa. O mais especial é que essa coleção reflete escolhas muito pessoais, e ver o interesse do público é extremamente gratificante”, declara Onice à coluna Claudia Meireles.
Com curadoria de Renata Azambuja e curadoria adjunta de Emerson Dionísio Oliveira, a mostra oferece um panorama da arte nacional desde os anos 1960, destacando a multiplicidade de linguagens, técnicas e temas que compõem as aquisições do casal de colecionadores. A exposição fica aberta ao público até 15 de fevereiro. Os curadores dividiram as obras em cinco núcleos, criando conexões entre diferentes períodos e abordagens artísticas. O primeiro, Primeiras Aquisições, resgata peças que marcaram o início da coleção, adquiridas quando o ato de colecionar ainda era um interesse do casal, sem pretensões de formar algo maior.
Na sequência, o núcleo Percursos da Linha conduz os visitantes por uma seleção de obras que exploram o traço, a geometria e as relações entre espaço e forma. Já Corpóreos apresenta investigações artísticas sobre o corpo como suporte e meio de expressão, ampliando o diálogo entre arte e identidade. A exposição segue com Vistas, um conjunto de obras que traduz diferentes olhares sobre paisagens e espaços urbanos, criando interações entre tempo, memória e percepção. Por fim, Fronteiriços reúne experimentações que misturam materiais, técnicas e conceitos híbridos, promovendo diálogos inovadores entre distintas formas de expressão.
A mostra apresenta um recorte das primeiras aquisições, que tratam de uma história que não é exatamente a história da arte em ordem cronológica, mas sim a história do casal e da coleção. Ela traz os afetos que guiaram essas escolhas iniciais, incluindo amizades com alguns dos artistas que estão aqui, explica Renata Azambuja. Claudio Tozzi também esteve presente na exposição e aproveitou para revisitar uma de suas obras mais icônicas, criada em 1967. Foi importante para ele relembrar esse trabalho radical. Para organizar a narrativa visual da exposição, os curadores criaram conexões entre diferentes períodos e abordagens artísticas. Confira os melhores momentos da abertura da exposição.