Dezenove homens são acusados por um motim que durou 43 horas na penitenciária de Cascavel, no Paraná, sendo que um preso foi decapitado no episódio. O incidente ocorreu em novembro de 2017 e foi motivado pelo desejo de obter ‘vantagens carcerárias’, de acordo com denúncias feitas. Durante a rebelião, três agentes penitenciários foram feitos reféns, sendo que dois deles sofreram tortura, conforme as acusações.
O Tribunal de Justiça do Paraná aceitou uma denúncia contra os 19 homens envolvidos no motim na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), localizada no oeste do estado. A rebelião, que durou 43 horas, resultou na decapitação de um homem por outros presos, que expuseram sua cabeça no telhado da penitenciária. Além disso, houve o sequestro de três agentes penitenciários, dois dos quais foram torturados, incluindo um que quase faleceu, conforme informações do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Todos os réus eram detentos da PEC no momento do incidente e enfrentam acusações que incluem organização criminosa, homicídio qualificado, tortura, tentativa de homicídio qualificado e vilipêndio de cadáver. Três outros suspeitos de participação na rebelião faleceram durante o processo judicial. Por ter ocorrido há mais de sete anos, o crime de motim de presos, que é previsto no Código Penal, já está prescrito.
A denúncia menciona que os acusados faziam parte de uma organização criminosa e, seguindo ordens hierárquicas, planejaram a tomada da PEC com o intuito de obter benefícios carcerários. Entre as exigências, estavam a remoção do diretor da penitenciária e de alguns agentes, bem como a transferência de detentos para outras unidades prisionais indicadas por eles.
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