Motoboy é espancado por grupo em festa de rodeio e hospital abre protocolo de morte cerebral: mãe lamenta cobardia

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Foi covardia, maldade’, lamenta mãe de motoboy que foi espancado por cerca de
10 pessoas; hospital abriu protocolo de morte cerebral

Jovem de 21 anos foi agredido por cerca de 10 pessoas em Piquete (SP). Agressão
aconteceu na madrugada de domingo (6) durante festa de rodeio na cidade.

O jovem de 21 anos é Guilherme Araujo Cabral Alvarelo, que sofreu traumatismo
craniano e está passando por um protocolo para confirmar se houve morte cerebral
após ser espancado por um grupo de cerca de dez pessoas, na madrugada do último
domingo (6), durante uma festa de rodeio em Piquete, no interior de
São Paulo.

O rapaz foi levado para o pronto-socorro de Lorena em estado grave.
Na manhã desta segunda-feira (7), a unidade informou a abertura do procedimento
para confirmar morte encefálica. O protocolo reúne uma série de exames e
procedimentos que têm como objetivo confirmar (ou não) a perda completa e
irreversível das funções cerebrais – ou seja, a morte de fato.

A mãe de Guilherme conta que só soube da agressão quando o filho deu entrada no
hospital de Piquete.

> “O moço da ambulância disse que pegou ele largado no chão, que ele tinha sido
> espancado por muitas pessoas e que ele estava desmaiado já. Ele levou meu
> filho para o hospital de Piquete, mas em Piquete não tinha recurso, então
> levaram ele para Lorena, porque ele precisava ser entubado com urgência. Ele
> foi entubado, deu traumatismo craniano e ficou em coma”, narrou a mãe de
> Guilherme, Suelen.

A mãe conta que o filho é trabalhador e ganhava a vida como motoboy em Lorena.
Ela narra que o jovem saiu para se divertir no único dia de folga da semana e
que foi espancado brutalmente em uma área sem câmeras onde ficavam os banheiros
químicos do rodeio.

> “Foi uma covardia que fizeram com ele, uma maldade, não ter ninguém, ninguém
> foi lá, um segurança, uma polícia, em uma festa daquela, que vem artista de
> fora, não ter ninguém, não ter uma segurança. Ninguém foi separar a briga. Ele
> apanhou muito, ele sofreu muito”, contou Suelen indignada.

> “Ele é um trabalhador. Trabalhava como motoboy em Lorena fazendo delivery de
> uma lanchonete. Ele era amigo de todos, muito amigo, nunca tinha problema com
> briga. Saia todo dia sete horas da noite e trabalhava até uma hora da manhã.
> Domingo era o único dia de folga dele”, lamentou.

Até 20h30, o rapaz seguia internado com auxílio de aparelhos, em meio ao
processo que avalia se houve morte cerebral ou não. Não há previsão de quando o
protocolo deve ser concluído.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que tenta identificar os agressores e
descobrir as circunstâncias do ocorrido. Até o momento, ninguém foi preso.

O espancamento aconteceu por volta de 2h40 da madrugada de domingo. Amigos da
vítima informaram no boletim de ocorrência que a vítima foi agredida durante uma
festa na cidade. Segundo a Prefeitura de Piquete, o caso foi “na área externa de
um dos pontos de banheiro da Praça Duque de Caxias, durante o Piquetão Rodeio
Festival”.

O registro policial aponta que os agressores são “supostamente moradores do
bairro da Cruz”. Apesar disso, no momento do registro, “não havia informações
precisas quanto à identidade dos agressores, tampouco a respeito da motivação
específica do ataque”.

Guilherme foi socorrido por outras pessoas que estavam no local e foi levado ao
pronto-socorro de Lorena em estado grave. Em nota no início da tarde de
segunda-feira, a Santa Casa de Lorena explicou sobre a abertura do procedimento
para atestar morte encefálica.

Em nota, a Prefeitura de Piquete informou que se “solidariza com a dor da
família e amigos, e confia na atuação das autoridades competentes para a
apuração rigorosa dos fatos”.

Destacou também que o evento contou com a estrutura de segurança adequada, além
de apoio das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal.

Este episódio lamentável não reflete o espírito de paz e celebração que sempre
marcou o Piquetão Rodeio Festival.

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A tragédia que envolveu o motoboy Guilherme Araujo Cabral Alvarelo chocou a
população e mostra a importância da segurança em eventos festivos, como o Piquetão Rodeio Festival. É crucial que todas as medidas de prevenção sejam adotadas para evitar episódios de violência como esse. Esperamos que as autoridades competentes identifiquem os agressores e façam justiça, trazendo um mínimo de conforto à família e amigos de Guilherme.

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