Motociclistas de aplicativo voltam a protestar no trânsito, em São Luís, nesta quarta (27)
Motociclistas pararam o trânsito por alguns minutos, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, em frente a Assembleia Legislativa do Maranhão.
Manifestantes na Avenida Jerônimo de Albuquerque, em São Luís — Foto: Reprodução/TV Mirante
Manifestantes voltaram a interditar uma via pública, na manhã desta quarta-feira (27), em protesto pela desaparecimento do motociclista por aplicativo Franklin César, de 25 anos, em São Luís
A manifestação aconteceu na Avenida Jerônimo de Albuquerque, em frente a Assembleia Legislativa do Maranhão, na região do Cohafuma. O protesto havia sido anunciado um dia antes por motociclistas, nas redes sociais.
O protesto com buzinaço durou alguns minutos, por volta das 8h30, até a chegada de reforços policiais que desobstruíram a via. Em seguida, os manifestantes seguiram em direção ao Palácio dos Leões.
É o segundo dia de protesto, que acontece após uma noite de tumulto em vários pontos da capital, na terça-feira (26), quando vias foram interditadas, por mais de quatro horas, no Elevado da Cohama e nas avenidas Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche e São Luís Rei de França.
Nos dois sentidos da Ponte do Caratatiua, motociclistas atearam fogo em pneus e outros materiais, bloqueando as vias por cerca de meia hora. O trânsito ficou congestionado, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas.
Na Avenida São Sebastião, no bairro Cruzeiro do Anil, a cena se repetiu. Motoristas chegaram a desviar pela calçada para conseguir passar, enquanto moradores e até um motorista de transporte coletivo tentaram apagar as chamas antes da chegada dos bombeiros.
Pouco depois, por volta das 23h, houve nova barricada na Avenida dos Franceses, na região central da capital. Durante as manifestações, circulou nas redes sociais um vídeo em que agentes de trânsito da SMTT foram hostilizados por motoqueiros em frente a um shopping no bairro Ipase.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros atuaram em vários pontos da cidade para liberar as vias e conter os protestos.
Também foi registrado protesto na entrada do Residencial Península do Ipase, no bairro Bequimão, local onde o possível corpo de Franklin César foi encontrado. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos dois tiros foram disparados por moradores do residencial em meio a uma tentativa de invasão de alguns motoqueiros, mas ninguém ficou ferido.
O suspeito, identificado como Wendel Araújo da Silva, de 21 anos, conhecido como “Carioca”, foi levado para prestar depoimento na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e, em seguida, encaminhado para a Central Integrada de Inquéritos e Custódia.
Com o suspeito, a polícia apreendeu uma arma de fogo e drogas. Diante dos indícios de participação no homicídio, a Polícia Civil também pediu a prisão preventiva.
O acusado é apontado pela investigação como líder de uma facção criminosa na região onde o corpo foi encontrado e teria autorizado o homicídio do motociclista. Segundo a polícia, a vítima deixava uma passageira no local e teria sido confundida com integrante de um grupo rival.
No local em que o suspeito foi preso, um grupo de motociclistas realizou um protesto durante a noite, dando sequência às manifestações que tiveram na região do Elevado da Cohama. Segundo informações preliminares, a polícia investiga quantas pessoas participaram do crime e trabalha para identificar outros suspeitos.