MotoGP retorna ao Brasil em 2026 com Goiânia como palco principal

Após mais de duas décadas de ausência, a MotoGP, principal categoria do motociclismo mundial, confirmou seu retorno ao Brasil em 2026. Goiânia foi escolhida como sede do evento, com as corridas acontecendo no Autódromo Internacional Ayrton Senna, marcando uma nova fase para o esporte no país. O anúncio foi realizado em uma coletiva de imprensa no Centro Cultural Oscar Niemeyer, com a presença do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, e do CEO da Brazil Motorsport, Alan Adler, empresa promotora do evento e também do GP de São Paulo de Fórmula 1.

O contrato assinado garante a realização do GP do Brasil entre 2026 e 2030, sendo a etapa inicial prevista para março de 2026. Este acordo representa a volta da MotoGP ao país após 22 anos, tendo a última prova sido realizada em 2004 no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Goiânia já havia sediado o GP do Brasil entre 1987 e 1989, antes do evento migrar para Interlagos e, posteriormente, para o extinto circuito carioca.

Para receber a competição, o Autódromo Internacional Ayrton Senna passará por uma ampla reforma, com início programado para janeiro de 2025. O investimento, estimado em cerca de R$ 100 milhões, incluirá melhorias na pista, arquibancadas, boxes, acessos, torres de comando, postos médicos e camarotes. As obras, acordadas com a Dorna Sports, estão previstas para durar seis meses e devem garantir que o circuito atenda aos padrões internacionais. Além disso, a reta principal do autódromo, com mais de 1 km de extensão, deverá torná-lo o mais rápido do calendário da MotoGP, de acordo com os organizadores.

O governo de Goiás estima que o evento atrairá até 100 mil espectadores e movimentará cerca de R$ 1 bilhão, com retorno esperado de R$ 170 milhões em impostos. A expectativa é que o GP do Brasil se torne um marco no calendário da MotoGP, não apenas pelas características do circuito, mas também pela paixão dos brasileiros pelo motociclismo. Segundo Ronaldo Caiado, o estado de Goiás possui todas as condições para sediar o evento de maneira exemplar, destacando a hospitalidade e segurança da região.

O retorno da MotoGP ao Brasil também foi celebrado por Carmelo Ezpeleta, que destacou a importância do país para o esporte e reforçou o compromisso de tornar o GP do Brasil um dos melhores do mundo. O evento também contará com a presença de pilotos brasileiros em destaque, como Diogo Moreira, que obteve o primeiro pódio na base da MotoGP em mais de cinco décadas, e Eric Granado, tetracampeão da SuperBike Brasil e piloto da MotoE. Ambos participaram da assinatura do contrato.

O retorno do GP do Brasil ao calendário da MotoGP marca uma nova era para o motociclismo no país e promete consolidar Goiânia como um dos grandes polos de esportes a motor na América do Sul, ao lado de outras etapas importantes como o GP da Argentina.

 

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Oscar: a polêmica saída do São Paulo em 2010 e seu retorno em 2024

Reforço do São Paulo, Oscar teve saída polêmica do clube em 2010 após ação na Justiça; relembre

Meia-atacante está de volta ao São Paulo 14 anos depois de trocar o Tricolor
pelo Inter

Oscar: campeão na Europa e ídolo na Ásia – a carreira do meia de 2012 a 2024
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Oscar está de volta ao São Paulo 14 anos depois de deixar o clube pelas portas dos fundos. Cria de Cotia, o meio-campista era visto como uma grande joia, mas acionou a Justiça alegando problemas com o seu contrato e, em junho de 2010, partiu para o Internacional.

Em entrevista no ano passado para o canal Desimpedidos, o jogador lembrou os momentos que antecederam o rompimento com o Tricolor. Segundo o jogador, ele e o
empresário Giuliano Bertolucci tentaram por muito tempo mudar o seu contrato antes de ocorrer a ação na Justiça.

+ Casares anuncia a contratação de Oscar: “Super-Reforço”
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– Minha visão é uma visão triste. Eu era a maior promessa, o Juvenal (Juvêncio,
ex-presidente) me adorava, o Muricy (Ramalho, ex-técnico) me gostava, então o
destaque que tive no Inter tinha tudo para ter vivido no São Paulo, mas infelizmente foi meio chato. O pessoal fala: “o São Paulo te criou e você saiu”. Não foi isso. Foi um contrato que não estava batendo, estava errado, meu empresário e eu ficamos um ano falando: “Está errado”. Teve uma hora que meu empresário falou: “Se vocês não arrumarem, ele vai sair”. E o São Paulo dizia que estava tudo certo. Eu não queria sair. Eu falava: “Dá um jeito, fala com eles, acerta o que está errado”. E não acertava, e acabou assim – relembrou.

– Eu tive uma oportunidade de ir para o Benfica, mas perdi uma liminar que
determinou que eu não podia sair para um time de fora do Brasil, aí fui para o
Inter. Mas não foi uma coisa que eu não queria mais jogar pelo São Paulo. O são-paulino hoje fala: “Você é ingrato”. Não, eu sou são-paulino, fui criado em Cotia, morei na
Barra Funda, mas foi uma coisa que não deu, era pouca coisa e que acabou criando
uma chance de eu sair do São Paulo.

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Oscar fecha acordo com o São Paulo
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Pelo São Paulo, Oscar entrou em campo apenas 14 vezes: uma em 2008 e outras 13 em 2009, sem marcar
nenhum gol. Ele deu duas assistências no período.

– Pra mim foi muito difícil. Eu era são-paulino, meu pai que já é falecido era
são-paulino. Eu tinha o sonho: preciso jogar no São Paulo. Fui criado ali, vi o
São Paulo sendo
campeão da Libertadores no Morumbi, era um sonho de jogar, mas teve essas coisas
que infelizmente não deu certo. Não só jogar, eu cheguei a jogar, mas ser o que
eu fui no Inter e no Chelsea, eu queria ter sido no São Paulo. Eu sou são-paulino, é
legal, mas tem aquela coisa burocrática de contrato e não deu certo.

Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de dezembro de 2009, aos 18 anos. Ele alegou que, quando tinha 16, foi coagido pela diretoria a assinar por cinco anos, o que era proibido pela Fifa, que permite renovações de, no máximo, três anos, quando o atleta é formado pelo próprio clube.

O Tricolor alega que Oscar conseguiu sua emancipação e, por isso, firmou um contrato com período maior. O meia ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.

Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acabava em dezembro de
2012, voltasse a ter validade.

Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou 3 milhões de euros (R$ 7,2 milhões na época) por 50% dos seus direitos federativos.

O Tricolor, então, entrou com várias outras ações até que, no dia 8 de fevereiro de
2012, em decisão da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta voltou a ter vínculo com o time paulista.

Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para tentar
colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos econômicos ou R$ 10 milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e estipulou o passe do atleta em R$ 17
milhões.

No dia 27 de abril, Oscar conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a
jogar, o que não acontecia desde o dia 17 de março. O ministro Guilherme Caputo
Bastos, que concedeu o habeas corpus, realizou uma nova audiência de conciliação
e chegou-se então ao valor de R$ 15 milhões.

O valor final correspondia à multa rescisória do contrato do atleta (estipulado
em R$ 9,5 milhões), acrescido de juros e de uma indenização pedida pelo Tricolor
por perdas e danos no período de litígio.

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