Motorista acusado de pegar R$ 50 em corrida é revistado ‘até a cueca’ pela Polícia Militar e promete ir à Justiça
Bruno de Medeiros Santos, de 37 anos, foi acusado por um passageiro de ter ficado com R$ 50 e acabou sendo revistado pela Polícia Militar, que não encontrou a nota. O caso foi parar na delegacia e o motorista afirma que levará à Justiça.
Um motorista de aplicativo afirma ter sido acusado injustamente de ficar com uma nota de R$ 50 de um passageiro durante uma corrida em Santos, no litoral de São Paulo. O caso terminou com registro de boletim de ocorrência na Central Policial Judiciária (CPJ) da cidade, e o profissional decidiu levar a situação à Justiça.
Bruno de Medeiros Santos, de 37 anos, contou que se sentiu profundamente humilhado ao ser acusado pelo passageiro e revistado pela polícia. Ele já registrou dois boletins de ocorrência: um presencial, por calúnia, e outro online.
Motorista há oito anos, Bruno relatou que buscou o passageiro, a esposa e a mãe dele, cadeirante, na Avenida Conselheiro Nébias, com destino à Avenida Francisco Glicério. Segundo o profissional, o trajeto foi tranquilo, mas ao final da corrida, que custou R$ 20, começou a confusão.
Segundo Bruno, o passageiro separou uma nota de R$ 50 para pagar, mas, como não havia troco, o motorista devolveu o dinheiro. Em seguida, o cliente entregou duas notas de R$ 10. “A corrida ficou paga. Mas, para minha surpresa, ele começou a me acusar de não ter devolvido os R$ 50”, disse.
Com a chegada dos policiais, Bruno autorizou uma revista completa no veículo e nele próprio. “Eles olharam tudo, reviraram tapetes, console, minhas roupas, até minha cueca. Não acharam nada”.
O boletim de ocorrência também registra a versão do passageiro. Ele afirmou ter entregue a nota de R$ 50 e, depois, duas de R$ 10, sem receber o troco. A esposa dele disse aos policiais que presenciou a cena e confirmou o relato do marido.
Bruno disse ter comunicado o aplicativo 99, mas não recebeu retorno até o momento. Em nota, a 99 informou que lamenta o ocorrido e que uma equipe especializada busca contato com o motorista parceiro para prestar acolhimento e suporte. A empresa disse ainda estar à disposição para colaborar com as autoridades.