Motorista de aplicativo é morto a tiros em Recife: violência contra profissionais em destaque

PE: motorista de aplicativo é morto a tiros no meio da rua

Um motorista de transporte por aplicativo foi morto a tiros no Jordão, zona sul do Recife, nesse sábado (14/12). O homem, de 23 anos, que não teve o nome informado, foi baleado na Rua Professora Arcelina Câmara. Os pertences da vítima não foram levados e o crime está sendo investigado como homicídio consumado pela Força-Tarefa de Homicídios na Capital.

A morte do motorista de aplicativo no Recife reflete a triste realidade enfrentada pelos profissionais que trabalham nesse setor em diversas cidades brasileiras. A violência tem se mostrado cada vez mais presente no cotidiano desses trabalhadores, que se deparam com situações de perigo durante o exercício de suas atividades.

Este não é um caso isolado. Recentemente, notícias de motoristas de aplicativo sendo vítimas de violência têm se multiplicado pelo Brasil, evidenciando a vulnerabilidade desses profissionais. Seja durante perseguições policiais, assaltos, sequestros ou simplesmente durante o trabalho, esses trabalhadores enfrentam constantes ameaças à sua integridade física.

Diante desse cenário alarmante, é fundamental que medidas de segurança sejam adotadas tanto pelas empresas que prestam serviços de transporte por aplicativo quanto pelas autoridades competentes. A garantia de proteção aos trabalhadores dessas plataformas deve ser uma prioridade, a fim de evitar tragédias como a que ocorreu no Recife.

A comunidade que utiliza os serviços de transporte por aplicativo também deve se conscientizar sobre a importância de zelar pela segurança dos motoristas. É fundamental que haja uma relação de respeito e confiança entre as partes envolvidas, a fim de promover um ambiente de trabalho seguro e harmonioso para todos.

Espera-se que a investigação do homicídio do motorista de aplicativo no Recife seja conduzida de maneira rápida e eficiente, a fim de identificar e punir os responsáveis por esse crime hediondo. A justiça deve ser feita e medidas preventivas devem ser adotadas para evitar que novas tragédias como essa ocorram no futuro. A segurança dos trabalhadores de aplicativo é uma questão urgente que não pode ser ignorada.

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Jovem baleada por PRF no RJ: o que se sabe e o que falta esclarecer

Jovem baleada por PRFs no RJ: o que se sabe e o que falta esclarecer

A jovem Juliana Leite Rangel está em estado gravíssimo após ser baleada na cabeça, com um disparo efetuado por um policial da PRF.

A abordagem de três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na noite da última terça-feira (24/12), terminou com uma jovem gravemente ferida em DE. Juliana Leite Rangel, 26 anos, foi atingida com um tiro na cabeça, após os policiais abrirem fogo contra o carro em que ela estava junto da família.

A Polícia Federal (PF) anunciou ter instaurado inquérito para apurar a ocorrência. Entretanto, o caso, por envolver disparos contra o carro de uma família desarmada que ia a uma ceia de Natal, catalizou discussões sobre os limites do uso da força pelas polícias e sobre a necessidade de ferramentas de controle, como o uso de câmeras corporais pelos agentes.

Inicialmente, os policiais teriam dito à família da jovem baleada que teriam sido alvo de disparos antes de abrir fogo contra o carro. As vítimas rechaçam a versão e dizem que os agentes saíram da viatura já atirando. Caberá, assim, à PF esclarecer as circunstâncias que levaram aos disparos contra o veículo onde estava Juliana.

Em nota, a Polícia Federal informou que, após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal, uma equipe esteve à cena do crime para realizar as medidas iniciais, “que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”.

A PRF, por sua vez, destacou que os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. “A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da direção-geral, a coordenação-geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”, frisou. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lamentou o ocorrido e informou que a pasta está empenhada para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas.

Os disparos ocorreram na BR-040, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O pai da vítima, Alexandre da Silva Rangel, 53, que dirigia o veículo alvo dos tiros, teria ligado a seta para sinalizar que ia encostar ao ouvir a sirene do carro da polícia. No entanto, segundo ele, os agentes saíram do veículo atirando.

Após ser baleada na cabeça, Juliana Leite foi levada por agentes da PRF para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, no mesmo município. A jovem, então, foi intubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem segue internada no CTI. “A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou.

O caso revive outros momentos em que abordagens da PRF resultaram em mortes. Em setembro de 2023, por exemplo, Heloísa dos Santos Silva, de apenas 3 anos, morreu após ser atingida por disparos na coluna e na cabeça quando estava dentro do carro da família. Os disparos foram realizados por agentes da PRF durante uma abordagem policial no Arco DE, na Baixada Fluminense (RJ).

No início deste mês, o Tribunal do Júri de Sergipe condenou, na sexta-feira (6/12), três ex-policiais rodoviários federais pela morte de Genivaldo de Jesus Santos. Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia foram responsabilizados pelo homicídio, em maio de 2022, durante uma abordagem truculenta. Na ocasião, Genivaldo morreu, após ser trancado dentro de uma viatura da corporação e sufocado com uma grande quantidade de gás, disparado propositalmente pelos policiais. Os ex-agentes foram julgados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

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