Motorista de ônibus abandona veículo no meio da viagem em Cristalina: “Estou cansado”

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Um vídeo de um motorista de ônibus abandonando o veículo cheio de passageiros em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, vem circulando na web nos últimos dias. O condutor que trabalha na empresa Real Expresso explicou o motivo de não seguir a viagem afirmando que estava cansado e reclamou das condições de trabalho.

“Eu não sou um robô, sou um ser humano como todo mundo aqui”, comentou o  motorista aos passageiros.

O motorista que ainda não foi identificado, também pediu desculpas aos passageiros que estavam no ônibus e lamentou estar abandonando o veículo. “Eu estou cansado. Eu quero dar um basta nisso. Eu não vou mais trabalhar nessa empresa aqui. Não vou continuar minha viagem por conta disso, porque eles querem que a gente trabalhe certo, mas não trabalha certo com a gente, está tratando a gente mal”, afirmou.

Os passageiros que se encontravam no veículo reclamaram da atitude do motorista. O homem parou o ônibus em um pedágio e disse aos viajantes que estavam em um “local seguro”. O destino da viagem era São Paulo.

Nas redes, internautas elogiaram a ação do motorista, ao explicar para os passageiros que ele não tinha condições de seguir uma viagem estando cansado, sem colocar a vida dos viajantes em risco. “Educado e responsável. Atitude correta em não conduzir o veículo se não estava em boas condições físicas e mentais. Poderia causar um acidente e prejudicar seriamente todos os passageiros”, comentou um jovem.

Assista ao vídeo do motorista:

Nota da Real Expresso na íntegra:

“A Real Expresso informa que o incidente na verdade deu-se na quinta feira, 10/08/23 na linha Brasília x SP horário de 17:00, cujo condutor cometeu a gravíssima falta na localidade próxima à Cristalina-GO, depois de conduzir o veículo por aproximadamente 130 km. A conduta foi reprovada de sorte que o colaborador foi desligado por justa causa e será responsabilizado judicialmente pelos danos causados à Real Expresso e eventualmente a seus passageiros. Esclarecemos que todos os passageiros conduzidos com toda a segurança aos seus destinos pela empresa em procedimento de contingencia adotado imediatamente após o ocorrido.

O fato deu-se porque o ex colaborador em ato de indisciplina e insubordinação recusou-se a obedecer ao esquema operacional da linha que prevê a parada em um outro local, ponto de apoio devidamente homologado pela ANTT, que conta com alimentação adequada e sala de ativação adaptada ao Programa de Medicina do Sono que visa a prevenção da sonolência, um procedimento preventivo de acidentes, além de toda a infraestrutura exigida pelo ente regulador do transporte.

A Real Expresso esclarece que todo colaborador, quando ingressa na empresa, é submetido a um completo programa de seleção, onde o profissional, ao se candidatar ao trabalho, toma pleno conhecimento dos procedimentos legais, técnicos e operacionais que terá que seguir, que, não apenas visam a segurança dos viajantes mas também promovem a melhoria da saúde e qualidade de vida do colaborador.

Reafirmamos que a atitude isolada do ex colaborador não encontra eco na ampla maioria dos profissionais que trabalham na Real Expresso, que são dedicados, comprometidos com a qualidade e respeitosos com os viajantes, jamais agindo como com tamanha irresponsabilidade.

Nota da ANTT na íntegra:

“A situação não foi flagrada pela equipe de fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas foi encaminhada para verificação. No entanto, é relevante informar que a Real Expresso, ao tomar conhecimento do caso, resolveu prontamente a situação, garantindo a continuação da viagem com outro motorista, a fim de não causar transtornos aos passageiros. A ANTT recebeu apenas uma reclamação na Ouvidoria sobre o caso e solicitará esclarecimentos à empresa sobre o ocorrido.

A Agência também esclarece que não é responsável pela regulamentação da jornada de trabalho de motoristas profissionais, sendo essa responsabilidade regida diretamente pela Lei nº 13.103/2015. A jornada diária é de 8 (oito) horas, com possibilidade de extensão por até 2 (duas) horas extras ou, mediante convenção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extras. A legislação não obriga que as empresas de transporte de passageiros adotem dois motoristas no mesmo veículo. A prática comum é a troca de condutores em terminais rodoviários ou pontos de apoio das transportadoras.

Ainda sobre o assunto, a Resolução ANTT nº 1971/2007 estabelece que as empresas devem manter registros contendo informações sobre a jornada de trabalho dos motoristas, incluindo local e horário do início da jornada, tempo de condução, período de repouso ou alimentação, entre outros. Esses dados são fundamentais para a fiscalização da ANTT e de outros órgãos, como a PRF. Essas informações são essenciais para a verificação da jornada. Além disso, os usuários do transporte interestadual podem, ao perceberem um motorista excedendo a carga horária, entrar em contato com a ouvidoria da ANTT para denunciar. Os canais disponíveis incluem WhatsApp (61) 99688-4306, telefone 166 ou e-mail [email protected].”

 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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