“Motorista e atirador em execução no aeroporto são identificados – Caso Genauro e Denis Antonio”

Na execução ocorrida no aeroporto, os suspeitos de serem o motorista e o atirador foram identificados como Fernando Genauro da Silva, 1º tenente da Polícia Militar, e Denis Antonio Martins. A defesa de Genauro argumenta que ele não estava presente no local do crime e que a sua prisão foi precipitada com base em evidências frágeis. Segundo a investigação, uma denúncia anônima indicou que Genauro era o motorista do veículo utilizado na execução de Vinicius Gritzbach, delator da facção criminosa PCC. Além disso, os investigadores descobriram que o atirador, Denis Antonio, e Genauro trabalharam juntos na mesma viatura da Força Tática do 42º Batalhão em Osasco.

O inquérito revelou que o telefone celular de Genauro estava nas proximidades do telefone de Denis antes do crime e próximo ao local onde um radar captou a passagem do veículo preto utilizado na execução. Registros de chamadas indicam que Genauro recebeu diversas chamadas em horários chave relacionados ao crime. Após o ocorrido, Genauro alterou o IMEI do seu celular, evidenciando uma possível tentativa de encobrir sua participação no crime.

A defesa de Genauro alega a sua inocência, reforçando que ele não estava envolvido na segurança de Vinícius Gritzbach. Apesar de possuir um salário mensal líquido de aproximadamente R$ 6.100, Genauro foi preso em Osasco e conduzido à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento antes de ser encaminhado ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar.

A investigação revelou que o atirador, Denis Antonio, foi identificado por meio de um trabalho de inteligência que envolveu a quebra de sigilo telefônico, análise de sinal de telefonia e comparação de imagens do aeroporto. O objetivo da investigação é identificar mais ligações de Denis Antonio com o crime nos próximos 30 dias, assim como localizar o outro comparsa envolvido na execução de Gritzbach que ainda não foi identificado.

Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de SP, afirmou que as prisões demonstram a intolerância da corporação com desvios de conduta e envolvimento com o crime organizado. O caso de Gritzbach, que ocorreu em novembro passado, foi capturado pelas câmeras de segurança do aeroporto e resultou na prisão de 15 PMs, incluindo o suposto atirador e membros da equipe de segurança pessoal do delator. A postura das autoridades é de rigor e punição para garantir a integridade institucional.

As investigações sobre o caso devem prosseguir nos próximos dias com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da execução de Gritzbach e identificar todos os envolvidos no crime. A colaboração entre os órgãos de segurança e a utilização de tecnologias como reconhecimento facial e análise de dados são fundamentais para o avanço das investigações e para a garantia da justiça.

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