Motorista que matou um e feriu oito em restaurante de Goiânia vai responder em liberdade

motorista vai responder em liberdade

Depois de ter a versão do acidente que matou uma pessoa e feriu outras oito, desmentida pela Polícia Civil (PC), a motorista do veículo que invadiu o Empório Saccaria, em Goiânia, irá responder em liberdade pelo homicídio culposo (quando não há intenção) do empresário Kleber Sebastião da Silva, e por lesão corporal culposa de outras oito pessoas. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira, 12.

Segundo a titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) Maira Barcelos, duas vítimas do acidente optaram por não representar contra a motorista Elisabeth Nunes Magalhães, de 68 anos. 

“Uma não quis, porque as lesões foram muito leves. Outra ficou de pensar ainda. A vítima tem seis meses para decidir. Ainda pode mudar de ideia”, explicou. 

Depoimento

Elisabeth afirmou à polícia durante depoimento, que houve pane no sistema de frenagem do Ford Ecosport que conduzia, após uma colisão anterior ao acidente no restaurante. No entanto, a perícia constatou que não houve falha mecânica, como já havia sido adiantado pelo jornalismo do Diário do Estado.

“Ficou comprovado pelos peritos que o carro que colidiu na lateral do veículo da indiciada não contribuiu para que o Ford Ecosport se desgovernasse, o que foi uma alegação dela. No laudo, inclusive, ela fala que ficou refém do carro. Então aquela colisão não gerou esse tipo de situação. Nem de perder o controle, nem de fazer com que ela acelerasse e nem de falha mecânica”, disse. 

No depoimento, a motorista também havia dito que a falha na aceleração do carro já havia acontecido em dezembro do ano passado. Ou seja, essa não teria sido a primeira vez que o carro havia apresentado problemas.

“Conversamos com os mecânicos e os exames periciais comprovaram que não houve falha na direção, aceleração e nem no sistema de freio do automóvel. Ela alegou que havia uma aceleração no carro. Nós ouvimos o mecânico que atendeu ela em dezembro, que explicou que quando o automóvel chega em uma certa velocidade, ele liga uma ventoinha, que dá impressão para quem está conduzindo que a velocidade aumentou, o que não acontece realmente. Mas, com essa falha que ela alegou em dezembro, ela passou todo esse tempo sem alegar mais nada nesse sentido. Só depois do acidente ela voltou com essa história”, concluiu.

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Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

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