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Motorista que matou um e feriu oito em restaurante de Goiânia vai responder em liberdade

Última atualização 12/08/2022 | 18:08

Depois de ter a versão do acidente que matou uma pessoa e feriu outras oito, desmentida pela Polícia Civil (PC), a motorista do veículo que invadiu o Empório Saccaria, em Goiânia, irá responder em liberdade pelo homicídio culposo (quando não há intenção) do empresário Kleber Sebastião da Silva, e por lesão corporal culposa de outras oito pessoas. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira, 12.

Segundo a titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) Maira Barcelos, duas vítimas do acidente optaram por não representar contra a motorista Elisabeth Nunes Magalhães, de 68 anos. 

“Uma não quis, porque as lesões foram muito leves. Outra ficou de pensar ainda. A vítima tem seis meses para decidir. Ainda pode mudar de ideia”, explicou. 

Depoimento

Elisabeth afirmou à polícia durante depoimento, que houve pane no sistema de frenagem do Ford Ecosport que conduzia, após uma colisão anterior ao acidente no restaurante. No entanto, a perícia constatou que não houve falha mecânica, como já havia sido adiantado pelo jornalismo do Diário do Estado.

“Ficou comprovado pelos peritos que o carro que colidiu na lateral do veículo da indiciada não contribuiu para que o Ford Ecosport se desgovernasse, o que foi uma alegação dela. No laudo, inclusive, ela fala que ficou refém do carro. Então aquela colisão não gerou esse tipo de situação. Nem de perder o controle, nem de fazer com que ela acelerasse e nem de falha mecânica”, disse. 

No depoimento, a motorista também havia dito que a falha na aceleração do carro já havia acontecido em dezembro do ano passado. Ou seja, essa não teria sido a primeira vez que o carro havia apresentado problemas.

“Conversamos com os mecânicos e os exames periciais comprovaram que não houve falha na direção, aceleração e nem no sistema de freio do automóvel. Ela alegou que havia uma aceleração no carro. Nós ouvimos o mecânico que atendeu ela em dezembro, que explicou que quando o automóvel chega em uma certa velocidade, ele liga uma ventoinha, que dá impressão para quem está conduzindo que a velocidade aumentou, o que não acontece realmente. Mas, com essa falha que ela alegou em dezembro, ela passou todo esse tempo sem alegar mais nada nesse sentido. Só depois do acidente ela voltou com essa história”, concluiu.